Numa carta dirigida ao diretor clínico do Hospital Garcia de Orta, em Almada, à presidente do Conselho de Administração e à diretora do Serviço de Urgência, os chefes de equipa explicam que na escala prevista constam vários dias com um número de elementos abaixo dos mínimos (um ou dois elementos apenas) para garantir o bom funcionamento do serviço.
“Não podemos como chefes de equipa, assistentes hospitalares de medicina interna e médicos deste hospital aceitar chefiar uma equipa de urgência nas presentes condições de trabalho e paupérrimas condições de prestação de cuidados no SUG como se encontram atualmente”, salientam na missiva tornada pública pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM).
Fonte da administração do Hospital Garcia de Orta disse à agência Lusa que vai reunir na manhã de terça-feira com os chefes de serviço de urgência, salientando que o diretor clínico do hospital ainda não assinou as escalas das equipas para dezembro.
Os chefes de equipa adiantam que a escala de dezembro, à semelhança das escalas apresentadas nos últimos meses, normaliza uma equipa constituída por quatro elementos (ou menos), número que consideram insuficiente para garantir todos os postos necessários para o bom funcionamento do SUG e prestação de cuidados em segurança para os doentes e profissionais.
Na missiva, os médicos salientam ainda que entre estes quatro elementos “muitas vezes estão contemplados colegas sem autonomia para exercer”.
A equipa de tarefeiros, composta em média por quatro elementos e que assegura a observação de doentes na zona de ambulatório e área de observação clínica, “são na maioria pouco diferenciados, com necessidade constante de apoio e discussão com os elementos mais diferenciados das equipas médicas”, acrescentam.
“Pelos motivos acima referidos e pela ausência de soluções ou perspetivas de soluções futuras apresentadas pela atual Direção do Serviço de Urgência, vimos por este meio colocar os nossos cargos de chefes de equipa à disposição com efeitos a partir de hoje”, escrevem.
LUSA/HN
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