Portugal é o segundo país com maior prevalência da sublinhagem BQ.1

15 de Dezembro 2022

Portugal é o segundo país do mundo com a maior prevalência da sublinhagem BQ.1 da variante Ómicron do vírus que causa a Covid-19, segundo dados divulgados esta quinta-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Os cinco países que reportaram as prevalências mais elevadas da BQ.1 são o Equador (65,5%), Portugal (56,7%), Espanha (54,1%), França (48,7%) e Colômbia (46,8%)”, adiantou a OMS na atualização epidemiológica semanal da Covid-19.

O relatório refere que o surgimento de novas ondas de infeção, devido à eventual capacidade de fuga ao sistema imunitário das várias linhagens descendentes da variante Ómicron, está dependente da imunidade regional, da dimensão das anteriores vagas de contágios e da cobertura vacinal.

“Enquanto são necessários mais estudos, os dados atuais não sugerem que existam diferenças substanciais na severidade da doença” para várias linhagens da Ómicron em circulação, entre as quais a BQ.1, refere o documento.

Segundo a OMS, a BQ.1, incluindo as suas descendentes como a BQ.1.1, “é uma das linhagens com crescimento mais rápido” a nível global e propagou-se por 90 países, com uma prevalência de 33,9%.

De acordo com a atualização hoje divulgada, a evolução da variante Ómicron continua a mostrar uma diversificação genética que já resultou em mais de 540 linhagens descendentes e 61 recombinantes.

Cinco sublinhagens da Ómicron, entre as quais a BQ.1, “estão sob monitorização devido à sua alteração genética relevante, ao aumento da prevalência e ao impacto observado e continuado na incidência de casos em mais de um país”, avançou a OMS.

O último relatório do Instituto Ricardo Jorge (INSA) sobre a diversidade genética do coronavírus SARS-CoV-2, divulgado na terça-feira, indica que a sublinhagem BQ.1 (incluindo a sua descendente BQ.1.1) é a dominante em Portugal.

“No decurso da monitorização contínua realizada pelo INSA, tem-se observado a emergência de sublinhagens de interesse, com novas constelações de mutações potencialmente associadas à resistência a anticorpos neutralizantes”, refere o INSA.

Desde o início da pandemia, o instituto já analisou 44.031 sequências do genoma do coronavírus que causa a covid-19, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 307 concelhos de Portugal.

De acordo com os últimos dados da OMS, em termos globais, o número de novos casos semanais de infeção manteve-se estável (mais 2%) durante a semana de 5 a 11 de dezembro, em comparação com os sete dias anteriores, com mais de 3,3 milhões de novos contágios reportados.

O número de mortes semanais aumentou 10%, com mais 9.700 novos óbitos registados no mesmo período.

Até 11 de dezembro, foram registados mais de 645 milhões de casos de covid-19 confirmados e mais de 6,6 milhões de mortes atribuídas à doença em todo o mundo, indicou ainda a OMS.

LUSA/HN

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