De acordo com o HDES, as cirurgias surgem na sequência de uma parceria dos Serviços de Endocrinologia e Nutrição e de Neurocirurgia com o Hospital Egas Moniz – Serviço de Neurocirurgia e o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental.
As cirurgias, realizadas pelas cirurgiãs Conceição Marques e Joana Tavares, tiveram lugar a 06 e 08 de dezembro, a tumores da hipófise, que “decorreram sem complicações, tendo os doentes tido já alta com devido seguimento posterior”.
Segundo o hospital, foram igualmente “realizadas 10 consultas de avaliação e seguimento, visto que a maioria dos doentes já se haviam deslocado anteriormente ao Hospital de Egas Moniz, sendo assim mais cómodo e vantajoso, para os utentes com esta patologia, a vinda das especialistas ao HDES”.
Estão previstas mais duas cirurgias no início de 2023, segundo o hospital.
De acordo com o HDES, “antes da entrada em vigor deste projeto, os doentes açorianos tinham de ser operados no continente, o que envolvia estadias bastante longas, no mínimo de três semanas, por vezes superiores a um mês”.
Existem neste momento 12 doentes em lista de espera para este tipo de cirurgia.
O HDES anunciou também que “está em fase de instalação um novo equipamento adquirido para a realização das chamadas ‘provas de esforço’, no âmbito da especialidade de cardiologia”.
O novo equipamento foi adquirido ao abrigo do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), por cerca de 45 mil euros, sendo que “irá permitir maior precisão nos resultados, utilizando tecnologia de ponta neste domínio, consistindo num importante reforço dos serviços do HDES”.
Entretanto, o número de utentes em espera para cirurgia nos Açores “baixou em novembro para 9.830, o valor mais baixo registado em fim de período desde 2018”, tendo sido realizadas 866 cirurgias, o que resultou numa redução de 126 propostas na lista de inscritos no arquipélago.
Com 451 cirurgias realizadas em novembro, o HDES atingiu uma redução da lista de espera para a cirurgia de 170 propostas, enquanto o Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira “não registou alteração e o Hospital da Horta aumentou 44”.
“É evidente a alteração significativa na proporção de utentes operados dentro do tempo máximo de resposta garantida no HDES: de 30,9% em outubro passou para 35% em novembro”, enquanto “nos outros dois hospitais do arquipélago a proporção baixou”.
De acordo com o HDES, a média regional “ultrapassou pela primeira vez os 50%, fixando-se em 51% em novembro”, sendo que “o tempo médio de espera voltou a baixar e encontra-se neste mês em 365 dias, ou seja, é a espera mais baixa registada nos últimos cinco anos”.
O HDES destaca a “enorme pressão sobre estes indicadores, que continua em alta, registando-se a entrada em lista de espera para cirurgia de mais 1.136 propostas, um valor que é superior às 866 cirurgias realizadas na região”.
LUSA/HN
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