Numa nota enviada às redações, o município adianta que o seu presidente, Basílio Horta, esteve reunido com o ministro Manuel Pizarro na passada quinta-feira, para abordar as prioridades e os problemas do setor da saúde no concelho.
O presidente informou a Assembleia Municipal de Sintra que deu conta ao ministro “das preocupações de Sintra na área da saúde”.
“Se o governo não faz, fazemos nós. Não podemos estar a dizer que a competência é de A ou B. Temos meios, temos dinheiro, fazemos”, afirmou Basílio Horta citado no comunicado.
De acordo com o comunicado, o presidente da câmara falou ao ministro de três prioridades para melhorar a prestação de cuidados de saúde no concelho, sendo uma delas a contratação de mais médicos, sobretudo para o Hospital Fernando Da Fonseca (Amadora-Sintra).
O autarca expressou ao ministro o problema que está a acontecer no internamento do Hospital Amadora-Sintra em que estão cerca de 100 utentes nas urgências sem possibilidade de internamento. “Temos de ter rapidamente e de imediato um investimento que aumente em 70 camas a capacidade de internamento do Hospital Amadora-Sintra. Não podemos admitir que cerca de 100 pessoas estejam nos corredores. Se o governo não faz, fazemos nós”, declarou.
Outro dos problemas elencados está relacionado com os centros de saúde de Algueirão-Mem Martins e de Agualva-Cacém, onde é necessária também a contratação de médicos.
“Não podemos tolerar que 120 mil pessoas em Sintra não tenham médicos de família”, reforçou o autarca.
Segundo a mesma nota da autarquia, Basílio Horta falou ao governante de outro “problema crucial” no concelho, que é o registo dos utentes nos centros de saúde, avançando com uma solução tecnológica de registos online.
“Outro problema crucial é o registo dos utentes nos centros de Saúde, onde os utentes têm de passar horas à chuva e ao vento para conseguir marcar uma consulta (…) tem de se encontrar uma solução tecnológica, de registos ‘online’, para evitar que centros de saúde avançados tenham de lidar com estas situações”, referiu o autarca.
“Nós consideramos a saúde como o direito dos direitos”, sublinhou Basílio Horta.
O autarca sublinhou que “Sintra é um concelho com 400 mil habitantes e 320km2, com características e realidades únicas” e que, “por isso mesmo não se pode tratar igualmente aquilo que é diferente e neste momento existem estes três problemas de curto prazo que necessitam ser resolvidos”.
“Foi isto que transmiti ao senhor ministro que ficou de ponderar este conjunto de preocupações e propostas para avançar de imediato com a resolução da situação que vivemos no Hospital Amadora-Sintra e no setor da saúde no município”, mencionou Basílio Horta.
De acordo com o comunicado, o presidente da autarquia recordou que a questão da saúde em Sintra é fundamental e que está tudo a ser feito para reverter os anos em que esta área esteve ao abandono, sendo “prova disso a construção do novo hospital de Sintra, um investimento de cerca de 50 milhões de euros por parte da autarquia”.
O setor da Saúde em Portugal tem enfrentado graves problemas nos últimos anos por falta de médicos, enfermeiros e pessoal técnico, que já levou a demissões de equipas de direção e ao encerramento temporário de serviços, sendo o Amadora-Sintra uma das unidades hospitalares também abrangida.
LUSA/HN
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