“O Governo vai fechar urgências durante o período natalício e é lamentável que o faça com este período de tempo de antecedência, dando aos utentes uma informação poucas horas antes, poucos dias antes de os serviços encerrarem”, afirmou.
Numa declaração aos jornalistas na Assembleia da República, o líder do Chega comentou a informação divulgada pela direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) do encerramento de alguns serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia nos próximos dias.
“Este plano mostra o falhanço da política do Governo nesta matéria. Disseram que tinham os meios necessários, não têm, disseram que não encerrariam serviços, estão a encerrá-los”, criticou.
Considerando que “ficaram confirmadas as piores expectativas”, André Ventura acusou o Governo de “falhar no mais importante”.
“Que era estabelecer uma rede de serviços pelo país todo a garantir que nos próximos dias não vamos ter falhas significativas em termos de saúde. Vamos ter na Guarda, vamos ter em Lisboa, vamos ter no Porto falhas significativas”, defendeu, apontando que “antevê-se o pior para os dias de Natal e Ano Novo”.
O presidente do Chega referiu também que “o Governo não se preocupou sequer em dar uma resposta, por exemplo, a grávidas que já estão em acompanhamento médico, sem saberem se o seu serviço vai continuar aberto, ou caso o seu serviço encerre, para que serviço se hão de dirigir”.
André Ventura apontou ainda que “tudo o que está a fazer o diretor executivo do SNS é ao arrepio do que António Costa tinha prometido que aconteceria este Natal e fim de ano”.
“E por isso era importante saber se o primeiro-ministro está de acordo com o plano que está a ser implementado, se o ministro da Saúde está de acordo, e se este encerramento alternado de serviços vai ser o novo normal em Portugal”.
De acordo com a informação divulgada pela direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), os 13 blocos de partos da região Norte estarão a funcionar de forma ininterrupta de 23 e 25 de dezembro, o mesmo acontecendo com os dois blocos de partos do Algarve, mas todas as outras regiões têm constrangimentos e em Lisboa e Vale do Tejo haverá partilha de recursos e fechos alternados.
As alterações são justificadas pelas contingências à plenitude de funcionamento da rede de maternidades identificadas no período de Natal e Ano Novo.
Quanto ao período do Ano Novo, a resposta articulada das maternidades ainda está a ser ultimada, pelo que a informação das unidades que estarão encerradas será divulgada durante a próxima semana.
LUSA/HN
0 Comments