Alemanha vai exigir testes aos viajantes provenientes da China

5 de Janeiro 2023

A Alemanha anunciou esta quinta-feira que os viajantes provenientes da China terão de apresentar um teste negativo à covid-19 para entrar no país, como é já exigido por outros países preocupados com o recrudescimento de casos no território chinês.

Num comunicado, o ministro da Saúde alemão, Karl Lauterbach, indicou que os passageiros terão de apresentar “pelo menos um teste rápido de antígeno”, adiantando que serão realizadas “amostras aleatórias” para detetar possíveis variantes do vírus, seguindo, assim, a recomendação feita na quarta-feira aos Estados-membros pela União Europeia (UE).

A medida, segundo o comunicado, entrará em vigor a partir da próxima segunda-feira.

“É uma boa decisão. A Europa encontrou uma resposta comum à situação de pandemia na China. Para os viajantes da China, isso significa que, quando iniciarem a viagem para a Alemanha, precisarão de pelo menos um teste rápido de antígeno e que, ao entrar no país, haverá testes aleatórios para identificar variantes do vírus”, disse Lauterbach.

Além disso, o ministro alemão acrescentou que as águas residuais dos voos provenientes da China serão analisadas de forma complementar.

Tal como a Alemanha, também hoje as autoridades suecas anunciaram que vão exigir que os viajantes provenientes da China apresentem um teste negativo à doença covid-19.

A medida, que tem início no sábado e vai estar em vigor durante três semanas, abrange todos os viajantes maiores de 12 anos, independentemente de estarem ou não vacinados, mas não os cidadãos suecos ou com autorização de residência neste país ou noutro da UE.

Com a adoção desta medida, o Governo sueco segue a recomendação da Agência de Saúde Pública, que, há dois dias, manifestou o seu apoio à introdução de uma regra deste tipo, algo que países como a Itália, a Espanha e a Bélgica já fizeram, mas que nenhum país nórdico tinha anunciado até agora.

O grupo de Resposta Integrada à Crise Política (IPCR) decidiu, numa reunião realizada na quarta-feira e na qual participaram instituições comunitárias e outros especialistas, além dos Estados-membros da UE, recomendar a apresentação de um teste negativo à covid-19 pelos viajantes provenientes da China.

As autoridades comunitárias também aconselham todos os passageiros de voos de e para a China a usar máscara facial de proteção e recomendou aos Estados-membros que testem aleatoriamente os passageiros à chegada.

A China está a enfrentar uma onda de contaminações sem precedentes desde o abandono abrupto, no início do mês, da chamada política de “covid zero”.

No entanto, o país anunciou o fim das quarentenas obrigatórias à chegada ao território a partir de 08 de janeiro e a retoma gradual das viagens de chineses ao estrangeiro, o que preocupa vários países.

Especialistas locais estimam que, ao longo do último mês, cerca de 600 milhões de pessoas terão sido infetadas com covid-19 na China, o que equivale a 40% da população do país asiático, o mais populoso do mundo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está a avaliar o risco de uma nova variante do coronavírus que provoca a doença da covid-19, a subvariante XBB.1.5, que está a propagar-se rapidamente em vários países e pode ser mais transmissível.

A subvariante da estirpe Ómicron do SARS-CoV-2 resulta de uma recombinação de duas sublinhagens BA.2 e já foi detetada em 29 países, incluindo Estados Unidos, onde já representa cerca de 40% dos casos de covid-19.

Segundo o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos Estados Unidos, esta subvariante “pode ser mais transmissível”, embora se desconheça ainda se terá efeitos “mais graves”.

A covid-19 é uma doença respiratória infecciosa causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, um tipo de vírus detetado há três anos na China e que se disseminou rapidamente pelo mundo, tendo assumido várias variantes e subvariantes, umas mais contagiosas do que outras.

A doença é uma emergência de saúde pública internacional desde 30 de janeiro de 2020 e uma pandemia desde 11 de março de 2020.

LUSA/HN

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