Os gastos da província, que faz fronteira com Macau, aumentaram progressivamente entre 2020 e 2022. No primeiro ano da pandemia, os governos de todos os níveis provinciais alocaram 30,3 mil milhões de yuans (4 mil milhões de euros) na aplicação das medidas de prevenção epidémica.
Esse número aumentou para 45,4 mil milhões de yuans (6 mil milhões de euros), em 2021, e 71,1 bilhões de yuans (9,6 mil milhões de euros), no ano passado, de acordo com dados publicados pelo departamento de finanças da província, e citados pela revista de informação económica Caixin.
O aumento dos custos reflete a crescente dificuldade dos governos locais em suportar a estratégia de ‘zero casos’ de covid-19, que foi assumida pelo líder chinês, Xi Jinping, como um trunfo político, após o país conter com sucesso os surtos iniciais da doença.
O surgir da altamente contagiosa variante Ómicron, no entanto, exigiu um intensificar de esforços, incluindo a realização quase diária de testes de ácido nucleico em toda a população.
Num artigo difundido na semana passada, a agência noticiosa oficial Xinhua admitiu “dificuldades em eliminar” o vírus e o “crescente custo da implementação das medidas de prevenção e controlo” epidémico como as principais razões para o desmantelamento da política de ‘zero casos’.
Os gastos de Guangdong com o combate ao coronavírus representaram 2,34%, 3,22% e 5,36% do orçamento da província, ao longo dos últimos três anos, respetivamente, segundo os dados citados pela Caixin.
Em particular, a província registou vários surtos nas suas duas maiores cidades: Shenzhen, sede de alguns dos maiores grupos de tecnologia da China, e Cantão, um importante centro da indústria transformadora.
Guangdong é a província mais populosa da China, com uma população de cerca de 127 milhões de habitantes, ou 9% do total da população da China. É também a província chinesa mais exportadora.
LUSA/HN
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