Em declarações aos jornalistas, a deputada Maria Antónia de Almeida Santos antecipou que este ciclo de conferências na Assembleia da República tratará de vários temas, como o Serviço Nacional de Saúde (SNS), e terá como convidados antigos ministros da Saúde.
“É um debate que se quer participado, em que vamos ouvir casos concretos, as experiências concretas, e tirar conclusões e podermos depois, em conjunto, fazer uma síntese e ter uma opinião do que é preciso fazer”, detalhou, acrescentado que este será um fórum que vai permitir perceber os resultados das medidas do Governo “no terreno”.
O programa já está fechado e a primeira conferência vai dedicar-se às Unidades Locais de Saúde (ULS), modelo criado em 1999, “precisamente por um governo do PS” quando Maria de Belém era ministra da Saúde, adiantou o socialista Jorge Seguro Sanches.
“E passados estes anos é um modelo que achamos que não só deve ser replicado mas deve ser aprofundado e melhorado”, defendeu.
Segundo o deputado, vão ser debatidos “casos concretos” de “soluções com sucesso, naquilo que tem a ver com a integração de cuidados”.
“As Unidades Locais de Saúde são apenas um desses modelos em que temos a integração de cuidados de saúde primários, cuidados de saúde hospitalares, cuidados de saúde continuados ou todos os outros”, disse.
De acordo com Seguro Sanches, o Governo está neste momento a estudar a existência de novas Unidades Locais de Saúde – salientando que atualmente existem oito em todo o país – e para o socialista este modelo, que “funciona em estreita articulação com as autarquias”, pode aliviar a afluência às urgências hospitalares.
“Há dados claros que indicam que se nós trabalharmos melhor o que tem a ver com os cuidados de saúde primários evitamos o acesso às urgências”, salientou.
Seguro Sanches referiu que o financiamento destas unidades “é feito por capitação, ou seja, por pessoa que está inscrito naquela região”, afirmando que nesta conferência este será “de certeza” um tema “em cima da mesa”.
Questionado sobre se estarão presentes nas conferências ex-ministros que não sejam socialistas, o deputado da comissão de Saúde Luís Soares respondeu apenas que o programa será divulgado a seu tempo e que a intenção do PS é integrar “todos aqueles que podem dar um contributo para o desenvolvimento das políticas de saúde em Portugal” e “aqueles que têm mais proximidade à visão que o PS tem: defesa de um serviço de saúde universal, tendencialmente gratuito”.
LUSA/HN
0 Comments