“Em causa está a falta de condições mínimas para assegurar os cuidados adequados e as condições de segurança necessárias aos doentes” que recorrem a este serviço no Hospital Fernando Fonseca (HFF), que serve os concelhos de Amadora e Sintra, adianta a Ordem dos Enfermeiros (OE) em comunicado.
Segundo a OE, o Serviço de Observação tem capacidade para 29 doentes internados em cama e 11 doentes internados em maca, sendo que nesta altura, o serviço atingiu o limite de internados em cama e está com 75 doentes internados em maca.
Em janeiro, registou-se uma média de 104 doentes internados e cerca de 200 doentes em circulação em área ambulatória.
A Ordem dos Enfermeiros alerta para “a falta de meios físicos e humanos, que tem consequências diretas no tempo de espera dos utentes muito urgentes e urgentes, e para a falta de vigilância a que ficam sujeitos”.
Sublinha ainda ser “igualmente preocupante” o atraso na realização de meios complementares de diagnóstico decorrente desta situação.
“A equipa de enfermeiros do Serviço de Urgência Geral já esgotou toda a capacidade para colmatar os problemas existentes, inclusive com a oferta de turnos extra-horário laboral contratados”, sublinha.
A Ordem refere que os profissionais reconhecem o esforço do Diretor de Enfermagem, mas consideram que “os problemas já tomaram tamanha proporção que só poderão ser resolvidos a nível superior”.
Em janeiro de 2022, esta mesma equipa formalizou o primeiro pedido de escusa de responsabilidade. Nessa altura, a Ordem dos Enfermeiros visitou o Serviço e denunciou graves falhas nas condições do exercício profissional.
Dados da OE indicam que, até final de dezembro de 2022, a Ordem recebeu no total 7.656 pedidos de escusa de responsabilidade.
LUSA/HN
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