“O sistema de alerta recebeu oito notificações há dois dias, incluindo duas mortes, com sintomas da doença”, disse o ministro da Saúde, Mitoha Ondo’o Ayekaba, num comunicado, acrescentando que estavam em curso trabalhos para “medir melhor a propagação da epidemia”.
“Foram registados 48 casos de contacto, dos quais quatro desenvolveram sintomas, e três estão atualmente isolados em hospitais”, acrescentou.
As autoridades não especificaram a data das mortes.
Em 13 de fevereiro, a Guiné Equatorial anunciou que nove pessoas tinham morrido entre 07 de janeiro e 07 de fevereiro devido à doença do vírus de Marburg, o primeiro no país, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que convocou uma reunião de emergência em 14 de fevereiro.
Depois de declarar um “alerta sanitário” numa província e num distrito vizinho no leste, as autoridades tinham posto em prática um plano de contenção em estreita colaboração com a OMS para lidar com o surto.
Apenas três pessoas com “sintomas ligeiros” da doença estavam isoladas num hospital na zona rural e escassamente povoada que faz fronteira com o Gabão e os Camarões, disseram as autoridades.
O vírus Marburg é transmitido aos seres humanos por morcegos da fruta e propaga-se aos seres humanos através do contacto direto com os fluidos corporais das pessoas infetadas ou com superfícies e materiais. Esta doença altamente virulenta causa febre hemorrágica e tem uma taxa de mortalidade de casos de até 88%.
Não existe vacina aprovada ou tratamento antiviral para o vírus. No entanto, os cuidados de apoio – reidratação oral ou intravenosa – e o tratamento de sintomas específicos aumentam as hipóteses de sobrevivência.
De acordo com a OMS, uma gama de tratamentos potenciais, incluindo produtos sanguíneos, terapias imunitárias e medicamentos, bem como vacinas candidatas com dados da fase I está a ser avaliada.
LUSA/HN
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