Diretora-geral da Saúde garante que decisão de deixar o cargo foi do foro pessoal

1 de Março 2023

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou esta quarta-feira que a decisão de deixar o cargo, anunciada no final de 2022, foi do foro pessoal, rejeitando que estivesse relacionada com “qualquer arranjo” no Ministério da Saúde.

“Foi uma decisão do meu foro e da minha vida pessoal e que não teve a ver com fatores externos, com nomeações ou com qualquer arranjo diferente no Ministério da Saúde”, garantiu Graça Freitas, numa audição na Comissão de Saúde a pedido do grupo parlamentar do Chega.

Segundo disse, na sequência de um balanço feito em 2022, e tendo em conta que a comissão como diretora-geral terminava no final desse ano, tomou a decisão de informar o ministro da Saúde que não pretendia manter-se no cargo.

“Obviamente estou em regime de gestão até que o senhor ministro o entenda ou até que a minha reforma o permita”, adiantou Graça Freitas aos deputados, ao salientar que, ao fim de 42 anos, vai cessar a sua condição de funcionária pública, “sempre a trabalhar no Ministério da Saúde e sempre em dedicação exclusiva”.

Sobre o novo diretor-geral da Saúde, Graça Freitas avançou que será escolhido por concurso, mas sublinhou a “vantagem” de ser um médico com “profundos conhecimentos de saúde pública com provas dadas nesta matéria e que tenha uma ambição e uma visão para a Direção-Geral da Saúde” (DGS).

“Costumo dizer que sou uma sexagenária analógica e gostava que fosse alguém mais digital do que eu”, referiu a médica.

Perante os deputados da Comissão de Saúde, a diretora-geral, que substituiu Francisco George em 2017, fez um “balanço positivo” da sua comissão à frente da DGS, tendo em conta que, durante este período marcado pela pandemia da Covid-19, a direção-geral demonstrou uma “capacidade e uma resiliência absolutamente extraordinárias e teve uma enorme capacidade de congregar parcerias”.

No final de 2022, o Ministério da Saúde confirmou que Graça Freitas tinha manifestado a vontade de não renovar a nomeação, mas que estava assegurada a permanência no cargo até à sua substituição.

Na altura, o ministério liderado por Manuel Pizarro agradeceu “a disponibilidade demonstrada pela diretora-geral da Saúde no término do seu mandato e todo o empenho e dedicação na liderança da DGS ao longo dos últimos anos, de um modo especial na resposta à pandemia, a maior crise global de saúde pública do último século”.

A designação do futuro titular do cargo de diretor-geral da Saúde seguirá a tramitação legal, em obediência às regras de recrutamento, seleção e provimento dos cargos de direção superior da Administração Pública, adiantou ainda o ministério.

LUSA/HN

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