Segundo a Ordem dos Enfermeiros (OE), o documento é assinado por 24 enfermeiros, toda a equipa em funções neste serviço, que denunciam “a situação em que o serviço se encontra, com défice grave de recursos humanos, com a totalidade do serviço ocupado e doentes em maca nos corredores”.
“A equipa de enfermagem afeta ao Serviço de Medicina III não consegue, neste momento, assegurar a prestação de cuidados durante todo o período de funcionamento sem que isso represente um aumento significativo do trabalho suplementar”, sublinha a OE em comunicado, adiantando que “só desta forma se tem conseguido assegurar a dotação de uma equipa onde faltam, pelo menos, oito enfermeiros”.
A Ordem dos Enfermeiros refere em comunicado que alertou no final de fevereiro o Ministério da Saúde, bem como o Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta, para a falta de recursos de enfermagem necessários ao cumprimento das regras de segurança e qualidade dos cuidados prestados.
Contactado pela agência Lusa, o Hospital Garcia de Orta esclareceu que a utilização de macas nos internamentos dos vários serviços resulta de “situações excecionais”, definidas no Plano de Contingência da instituição.
“Estas situações ocorrem apenas quando o número de doentes no Serviço de Urgência Geral exceder os 55, altura em que se procede à transferência de, no máximo, dois doentes em maca por Serviço de Internamento, e durante o menor período de tempo possível”, sustenta numa resposta escrita à Lusa.
O Conselho de Administração sublinha ainda que “mantém o diálogo permanente com todos os colaboradores, podendo desde já garantir que fará o possível para assegurar as melhores condições de trabalho a todos os profissionais”.
LUSA/HN
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