As declarações foram proferidas no âmbito da audição requerida pelo Partido Comunista sobre a falta de profissionais de saúde no Serviço Nacional de Saúde. Na Comissão de Saúde, o partido questionou o Governo sobre as medidas que estão a ser tomadas para assegurar a dotação nos serviços dos profissionais em falta.
O PCP sublinhou mais de 15% da população portuguesa não tem médico de família, impedido o seu acesso aos cuidados de saúde no setor público. “Temos 1,6 milhões de utentes sem médico de família. É uma situação preocupante, pois não se veem sinais de abrandamento (…) Precisamos mais de 7 mil médicos para atender as necessidades do país”.
Perante “este cenário de caos”, o deputado comunista questionou o ministro sobre as medidas que estão previstas para “parar este sangramento e cativar os jovens que estão a terminar a especialidade”.
O deputado João Dias lamentou que o Governo esteja a permitir que muitos médicos sejam “entregues em bandeja ao privado”.
Manuel Pizarro, que admitiu que não existe uma “cobertura adequada de médicos nos Cuidados de Saúde Primários”, destacou que o Governo espera conseguir contratar este mês 200 médicos no concurso de recrutamento dos especialistas que concluíram agora o o internato.
“Espero que no mês de abril, e na pior das hipóteses no mês de maio, façamos o concurso da colocação dos especialistas que terminaram agora a sua especialidade e que possamos contratar cerca de 200 médicos”, afirma o responsável pela pasta da Saúde.
Na audição hoje realizada, o Pizarro disse ainda esperar que as negociações com os sindicatos médico cheguem a “bom porto”, de maneira a garantir um melhor acesso dos portugueses ao Serviço Nacional de Saúde.
HN/Vaishaly Camões
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