DGS diz que Portugal está em “processo de regeneração” do impacto da Covid-19

6 de Maio 2023

A diretora-geral da Saúde considerou que o fim da emergência de saúde pública global para a Covid-19 é “motivo de regozijo" em Portugal, que está agora “em processo de regeneração” do impacto provocado pela pandemia.

“Pagámos todos um preço, sobretudo em sofrimento e em morte, e não o podemos esquecer. A pandemia teve um impacte nas nossas vidas de relação, no nosso tecido social e no nosso tecido económico. Estamos a fazer o nosso processo de regeneração”, afirmou Graça Freitas, numa declaração publicada no site da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo os últimos dados da DGS, desde 01 de março de 2020, quando foram notificados os primeiros casos, até quarta-feira, Portugal registou um total de 5.582.987 caso de infeção pelo vírus SARS-CoV-2 e 26.616 mortes associadas à Covid-19.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou na sexta-feira o fim da emergência de saúde pública (PHEIC, na sigla em inglês) para a Covid-19, o nível mais alto de alerta, aceitando a recomendação do comité de emergência que se reuniu na quinta-feira.

Esta decisão significa, na prática, que a OMS considera que este é o momento para os países fazerem a transição do modo de emergência para a gestão da Covid-19 em simultâneo com outras doenças infecciosas.

A declaração da OMS de que a Covid-19 é “agora uma doença endémica”, não constituindo já uma emergência de saúde pública internacional, é “motivo de regozijo em Portugal e em todo o mundo”, salientou Graça Freitas, ao sublinhar que em dois anos, devido inicialmente às medidas de saúde pública e depois à vacinação, o país conseguiu ter a doença controlada.

“Em Portugal, os cidadãos foram os atores principais na resposta nacional a uma ameaça de saúde pública. Voluntariamente adotaram medidas de saúde pública, com especial cuidado em relação aos mais vulneráveis e aderiram massivamente ao processo de vacinação”, destacou ainda a responsável da DGS.

Graça Freitas recordou também que, durante a pandemia, o “país viu sempre garantidas as suas necessidades básicas” em energia, alimentação, água e outros bem essenciais, enquanto na saúde os serviços e os profissionais “desdobraram-se para responder a necessidades da população”.

“As equipas de saúde pública trabalharam ininterruptamente com o objetivo de quebrar cadeias de transmissão. Muitos outros profissionais asseguraram, também, de forma contínua, cuidados de elevada qualidade no setor público, privado e social”, sublinhou a diretora-geral.

Na sua declaração, Graça Freitas destacou ainda que o Serviço Nacional de Saúde desenvolveu mecanismos de acompanhamento à distância, como a telessaúde e a telemedicina, que permitiram a “milhões de cidadãos permanecerem com segurança e confiança no seu domicílio”, acompanhados por um profissional de saúde.

“Como povo, cumprimos a nossa missão”, referiu ainda Graça Freitas, para quem, ao longo dos últimos anos, “todos estiveram presentes” no combate à Covid-19, dando o exemplo das autarquias, da segurança social, da educação, da cultura e do desporto.

A PHEIC, o nível mais alto de alerta da OMS, foi declarada em 30 de janeiro de 2020, numa altura em que pouco mais de 100 casos de infeção pelo coronavírus tinham sido detetados fora da China, sem nenhuma morte registada.

Segundo a OMS, mais de três anos depois, foram reportados oficialmente cerca de sete milhões de mortos, mas o diretor-geral da organização admitiu ontem que o número real de óbitos é “várias vezes maior”, chegando a “pelo menos 20 milhões”.

LUSA/HN

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