A sessão “Diabetes – Presente e Futuro”, realizada em parceria com a Renascença, poderá ser acompanhada através do Facebook da APDP ou do site ou Youtube da Renascença.
O debate moderado pelo jornalista Renato Duarte conta com a presença de vários especialistas da associação: Carolina Neves, endocrinologista, Luís Filipe Prata, enfermeiro do Departamento do Pé Diabético, Filipa Cabral, diretora técnica da farmácia, João Filipe Raposo, diretor clínico, e José Manuel Boavida, presidente da APDP.
“Estamos cada vez mais perto da celebração dos 100 anos e, sendo a associação de pessoas com diabetes mais antiga do mundo, continuamos com a mesma determinação e o mesmo compromisso na prossecução diária pelos direitos do milhão e meio de portugueses que vivem com diabetes. A APDP mantém o seu papel ativo na procura de políticas públicas para a prevenção desta pandemia e o apoio às pessoas que dela sofrem”, afirma José Manuel Boavida.
“Passou mais um ano, mas o caminho continua, porque a diabetes tem de ser vista pelo que é: uma doença sistémica que impacta a vida pessoal, social e económica de inúmeras famílias. Através da educação terapêutica, da abordagem multidisciplinar e constante adaptação às necessidades, estamos ainda focados na luta contra a discriminação a que as pessoas com diabetes são sujeitas diariamente e ao seu suporte económico-social, para o qual aguardamos resposta sobre o acordo de cooperação proposto ao Instituto da Segurança Social”, explica João Filipe Raposo.
A diabetes é uma das doenças mais prevalentes do mundo, sendo que uma em cada 10 pessoas vive com diabetes e é uma das principais causas de morte em todo o mundo. No nosso país, segundo os dados mais recentes do relatório anual do Observatório Nacional da Diabetes, cerca de 1,1 milhões de portugueses entre os 20 e os 79 anos tem diabetes, o que representa 14,1% da população neste grupo etário.
A APDP foi fundada por Ernesto Roma, criador da Diabetologia Social, para apoiar as pessoas com diabetes em situação de carência monetária a adquirirem insulina, hormona essencial para a sua sobrevivência. “Quase um século depois, a inovação no tratamento é notória, mas a insulina e os medicamentos essenciais à vida continuam a não estar acessíveis a muitas pessoas”, alerta João Filipe Raposo.
“O acesso ao tratamento e a equipas especializadas é urgente e é imperativo que seja visto como um direito universal! A diabetes é uma doença complexa e a sua gestão requer acesso ininterrupto a cuidados de saúde multidisciplinares e a medicamentos, dispositivos e tecnologia essenciais. A este propósito, continuamos à espera da resposta da Assembleia da República sobre a comparticipação generalizada dos dispositivos híbridos de insulina para as pessoas com diabetes tipo 1”, remata José Manuel Boavida.
PR/HN/RA
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