“Tal como afirmado em ofício enviado ao Secretário de Estado da Saúde e em defesa dos interesses dos nossos associados, caso o Governo não apresente respostas e propostas imediatas na próxima reunião, prevista para o dia 12 de maio, vamos desenvolver formas de luta que tornem mais visível o grau de descontentamento dos profissionais que representamos”, afirma o presidente Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) em comunicado.
Segundo a nota, o primeiro dia de luta e protesto, com greve nacional, poderá ser já no dia 25 de maio, mas o sindicato admite promover outras ações que serão anunciadas “brevemente e em tempo oportuno”.
O sindicato adianta que o que está em causa é “o incumprimento, por parte do Ministério da Saúde, da calendarização das negociações com a plataforma sindical, materializado nos sucessivos adiamentos das reuniões por parte do Secretário de Estado da Saúde e pela falta de propostas concretas por parte do Governo”.
“A perceção que existe junto dos profissionais que representamos é que o Governo pretende protelar a resolução dos problemas, porque adia reuniões, mas principalmente porque não apresenta propostas ou contrapropostas aos sindicatos, situação incompreensível e inaceitável ao fim de seis meses do início das reuniões com a tutela”, lamenta Luís Dupont.
O STSS espera que a reunião marcada para sexta-feira se realize, para que seja possível evoluir na negociação, uma vez que a que estava prevista para a passada sexta-feira foi desmarcada pela tutela.
Na última reunião, realizada no dia 16 de março, “o Ministério da Saúde apresentou uma alternativa ao cronograma negocial proposto pela plataforma sindical. Esta proposta alternativa ordena, segundo o Ministério da Saúde, os assuntos com maior rapidez de implementação/resolução, deixando para o fim os pontos que carecem de maior complexidade. A plataforma sindical anuiu com o cronograma apresentado de modo a evoluir na negociação”, refere Luís Dupont.
Nesse cronograma foram elencados os pontos a discutir nas reuniões seguintes, entre os quais se destacam o levantamento de necessidades para os concursos de progressão na carreira dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, a contagem do tempo de serviço dos CIT (contrato individual de trabalho), a discussão das tabelas salariais e a valorização remuneratória, pela aplicação do decreto-lei 84F, a contagem de pontos e outras matérias, nomeadamente, a avaliação de desempenho.
O STSS acrescenta que vai continuar a interpor ações judiciais, nomeadamente as dos CIT, e a realizar plenários nas instituições, para esclarecer os associados e demonstrar em cada local de trabalho o descontentamento destes profissionais que exigem a resolução urgente dos seus problemas.
LUSA/HN
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