A iniciativa, que terá lugar na baia do Seixal a partir das 20:30, é promovida pela Câmara Municipal, pelas juntas de freguesia, pelo Núcleo do Sporting do Seixal, pela Comissão de Utentes de Saúde do concelho, pela Plataforma Juntos pelo Hospital e varias entidades do movimento associativo local.
Na apresentação da iniciativa o presidente da Câmara Municipal do Seixal explicou que a caminhada e a corrida surgem como forma de protesto pelos atrasos no cumprimento dos prazos ditados pelo governo para avançar com o projeto.
Paulo Silva adiantou que esta iniciativa nasce para dar continuidade a uma corrida que o Núcleo do Sporting do Seixal promovia antes da pandemia à qual agora se acrescenta uma caminhada, ambas em defesa da construção do hospital, uma necessidade urgente para a população do concelho.
Num apelo lançado à população e a todo o movimento associativo local, a organização explica que esta reivindicação por cuidados de saúde tem mais de 20 anos, uma luta “que precisa do contributo de todos os que vivem no concelho”.
“A correr ou a caminhar, vamos estar todos juntos pelo Hospital do Seixal!”, refere a organização.
A caminhada tem um percurso com três quilómetros, enquanto o da corrida é de cinco quilómetros, estando o ponto de encontro marcado para o Parque Urbano da Quinta dos Franceses
Embora a participação seja gratuita, a organização aconselha que seja feita inscrição prévia.
A construção do Hospital do Seixal, no distrito de Setúbal, é uma reivindicação com mais de duas décadas que já foi objeto de um protocolo entre o Estado e a Câmara Municipal do Seixal, em 2009, com inauguração prevista da unidade de saúde para 2012.
Contudo, só em 2018 houve de novo ‘luz verde’ do Governo para avançar com o futuro Hospital do Seixal, com um custo estimado de 25 milhões de euros, mas o concurso público para a conceção e projeto ficou parado devido a questões jurídicas.
A 29 de março, numa visita ao hospital Garcia de Orta, em Almada, o ministro da Saúde disse que o concurso para a construção do hospital de proximidade do Seixal deve ser lançado no último trimestre deste ano ou no inicio de 2024, classificando-o como um equipamento necessário.
“Tivemos finalmente uma sentença do Supremo Tribunal Administrativo que nos permitiu contratar o projeto. O projetista está a trabalhar no projeto que nos será entregue no segundo semestre deste ano. Diria que entre o último trimestre de 2023 e o primeiro de 2024 vamos finalmente pôr a concurso a obra do novo Hospital do Seixal, que desta vez vai passar do papel para a realidade e que bem necessário é”, explicou Manuel Pizarro.
Segundo o ministro da Saúde, o novo hospital no Seixal vai contribuir para diminuir a pressão exercida sobre o Hospital Garcia de Orta, unidade que serve uma vasta população e com uma procura significativa.
O Hospital Garcia de Orta iniciou a sua atividade em setembro de 1991, em substituição do antigo Hospital da Misericórdia de Almada/Hospital Distrital de Almada e, segundo informação oficial, serve atualmente uma população estimada em cerca de 350 mil habitantes dos concelhos de Almada e Seixal.
LUSA/HN
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