O objetivo, explicam os sociais-democratas no requerimento, é “obter informação mais detalhada sobre o 7.º Barómetro de Internamentos Sociais”, divulgado na sexta-feira.
Segundo este relatório, um total de 1.675 camas dos hospitais públicos estavam, em março, ocupadas por pessoas internadas apenas por razões sociais, um aumento de 60% dos internamentos inapropriados que este ano pode ter um impacto financeiro para o Estado de 226 milhões de euros.
“O PSD está profundamente preocupado com esta realidade que, apesar de deplorável e desumana para milhares de doentes – em particular os mais idosos e fragilizados –, revela bem a incapacidade do Governo em delinear e executar uma estratégia consistente que resolva ou, pelo menos, diminua estruturalmente este gravíssimo problema social”, criticam os deputados sociais-democratas.
O PSD refere que o número de pessoas nesta situação em 2022, 1.048, já representava um aumento de 23% relativamente às 853 que, segundo a APAH, permaneciam inapropriadamente internadas no ano de 2021.
“Significa isto que, entre 2021 e 2023, o número de pessoas inapropriadamente internadas nos hospitais do SNS quase duplicou”, salientam.
Por outro lado, o PSD considera que os dados agora divulgados contradizem “frontalmente a informação do Ministério da Saúde segundo a qual, no final de janeiro de 2023, se encontrariam inapropriadamente internadas 665 nos hospitais do SNS, ou seja, menos cerca de mil do que apenas dois meses depois, segundo os números agora revelados pela APAH”.
Por estas razão, o grupo parlamentar social-democrata requereu a audição da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares e do diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, “com vista a permitir avaliar a execução das medidas de redução dos denominados ‘internamentos sociais’ nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde”.
LUSA/HN
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