PCP critica visita que “não deu em nada” do ministro da Saúde ao distrito de Beja

7 de Julho 2023

O PCP criticou hoje a visita do ministro e secretários de Estado da Saúde ao distrito de Beja, realizada esta semana, no âmbito da iniciativa Saúde Aberta, por considerar que “não deu em nada”.

Em comunicado, a Direção da Organização Regional de Beja (DORBE) do PCP considerou que a presença dos governantes na região “não resultou em nada que responda aos muitos problemas existentes nesta área e de todos há muito conhecidos”.

“Esta deslocação deixou-nos com as mesmas ou até mais preocupações pela não apresentação de uma única proposta concreta para as muitas situações da nossa sofrida e grave realidade que já se arrasta há tantos anos”, referiu o PCP.

Para os comunistas, durante a visita, o ministro da Saúde teve um comportamento “algo curioso”, pois revelou que “até conhecerá algumas das realidades” da região e quase aceitou “em concordar com as muitas críticas de que foi alvo”.

A DORBE do PCP deu como exemplo quando o ministro terá dito que também queria o hospital em Serpa e admitiu que o Centro de Saúde de Moura não reúne condições para a prestação de serviços e que o hospital de Beja precisa de intervenção.

“O Governo não pode continuar a ignorar a nossa região e os nossos graves problemas e nada decidir de concreto, abandonando as nossas populações e não vale a propaganda ou demagogia e a venda de ilusões de novo sobre a saúde”, sublinhou.

No comunicado, o partido questionou para quando o início das obras da 2.ª fase do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, lembrando que uma resolução sobre o projeto já foi aprovada na Assembleia da República.

“Para quando uma decisão sobre a reversão do hospital de Serpa para o SNS [Serviço Nacional de Saúde], dado não serem cumpridos os acordos e contrato e a população estar a ser prejudicada”, foi outra das perguntas feitas pelos comunistas.

Sublinhando “a falta evidente de condições” no Centro de Saúde de Moura, o PCP de Beja interrogou também por que “razão não se desencadeiam processos, projeto e financiamento para reabilitação ou construção”.

“E que medidas para suprimir a crónica falta de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, naturalmente, sabendo de todas as dificuldades inerentes a sermos uma região chamada de interior?”, acrescentou.

LUSA/HN

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