O apelo de Jorge Roque da Cunha surge depois de ser divulgado que mais de uma dezena de cirurgiões do hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) informaram que não pretendem fazer mais do que as horas extra previstas por lei e alguns avançado mesmo com pedidos de rescisão, para não trabalharem com os médicos que apresentaram as denúncias de violação das boas práticas médicas (‘leges artis’), todas elas arquivadas, e que regressam ao trabalho em agosto.
Aos médicos denunciantes foi aplicado pelo hospital, no âmbito de processo disciplinar, um período de suspensão de 90 dias e, depois de cumpridos, os cirurgiões regressarão ao serviço, o que está previsto para 14 de agosto.
Roque da Cunha disse que o SIM “tudo está a fazer” para evitar que o Serviço de Cirurgia do hospital, que “já está no limite”, seja destruído com a saída de cirurgiões, tendo-se reunido com o diretor de serviço e com alguns dos restantes médicos.
As denúncias – feitas pelo ex-diretor de serviço e outro cirurgião – foram reveladas pelo Expresso no início do ano e remontam a 2022 e acabaram arquivadas.
Houve um único caso que levantou dúvidas aos peritos da Ordem dos Médicos, numa situação que levou a que o hospital tivesse manifestado a intenção de avançar com processos disciplinares aos médicos envolvidos nessa cirurgia, o que acabou por não acontecer.
Na sequência das denúncias, o Ministério Público instaurou um processo de inquérito e a Entidade Reguladora da Saúde também abriu uma investigação.
LUSA/HN
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