As primeiras amostras do xarope – denominado Naturcold – fornecidas à OMS em 27 de junho e analisadas, continham até 28,6% de dietilenoglicol, cujo limite é de 0,10%, alertou a organização internacional num comunicado divulgado hoje.
A OMS “tomou todas as precauções razoáveis para verificar a informação contida neste alerta”, afirmou.
Embora a embalagem do medicamento indique como fabricante uma empresa alegadamente britânica chamada Fraken International, as autoridades britânicas confirmaram que a empresa não existe.
“Estão a decorrer investigações para determinar a origem do produto”, afirmou a OMS, referindo que o xarope “pode ter autorizações de comercialização noutros países e regiões” ou “pode ter sido distribuído através de mercados informais a países vizinhos”.
A OMS emitiu este aviso depois de, juntamente com outras organizações regionais, ter dado o alerta no ano passado para a deteção de xaropes para a tosse contaminados que mataram 300 pessoas – na sua maioria crianças com menos de cinco anos – na Indonésia, na Gâmbia e no Uzbequistão.
Os xaropes contaminados continham níveis elevados de dietilenoglicol e etilenoglicol, substâncias químicas tóxicas normalmente utilizadas como solventes industriais e agentes anticongelantes que podem ser letais mesmo em pequenas quantidades, o que os torna impróprios para utilização farmacêutica.
Em meados de junho, o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, disse à EFE que mais de 20 xaropes da Índia e da Indonésia e mais de 15 produtores diferentes haviam sido identificados entre os medicamentos suspeitos de estarem por trás das mortes.
LUSA/HN
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