Mário Macedo admitiu hoje ao HealthNews que a sua lista está pronta para “arregaçar as mangas” e recuperar a influência dos enfermeiros nas políticas públicas da Saúde. Após assistir ao que apodou de “estagnação” da profissão, o candidato considerou que estava na hora de atuar, apresentado, assim, a sua candidatura a Bastonário da Ordem dos Enfermeiros.
“Nos últimos meses temos feito um diagnóstico sobre a situação atual da profissão e concluímos que o debate interno, quanto as expectativas de futuro, está muito condicionado e pouco desenvolvido. Portanto, consideramos que é essencial que surja uma candidatura que tenha uma real visão de futuro e crescimento. Acreditamos que a enfermagem tem de evoluir e não pode estagnar. É preciso que comecemos a assumir formalmente as competências que informalmente já assumimos”, afirmou.
Questionado sobre os objetivos e principais áreas de atuação, Macedo garantiu que as principais metas da lista que lidera são “colocar a enfermagem no topo das prioridades e é recuperar a influência dos enfermeiros” nas decisões que são tomadas na Saúde.
“Os nossos profissionais devem de voltar a ser um parceiro ativo, capazes de influenciar as políticas públicas de saúde. Achamos totalmente inconcebível que o maior grupo profissional da saúde não tenha uma palavra a dizer sobre as políticas do setor. Isto não pode continuar. Os enfermeiros têm de estar no centro da decisão e da avaliação das políticas públicas de saúde”, apontou.
Sobre o trabalho desenvolvido pela atual bastonária, Mário Macedo mostrou-se bastante crítico. “Estes oito anos sob a liderança da enfermeira Ana rita Cavaco corresponderam a oito anos de estagnação. Os problemas que tínhamos em 2015 continuam a ser os mesmos que temos em 2023.”
Sem ignorar o contexto atual de alteração dos estatutos das ordens, o candidato admitiu ter algum receio sobre aquilo que isto pode significar. “Estamos bastante preocupados com esta questão. De facto, tomamos a iniciativa de visitar os grupos parlamentares para defender que a ordens profissionais têm um dever e a obrigação de serem transparentes, mas também de serem independentes. Foi essa a mensagem que transmitimos.
Estamos muito preocupados com a forma como está previsto tornar operacional o conselho de supervisão. Se for feito da forma como está previsto significa que irá limitar a democracia interna das ordens.”
Apesar dos desafios que a enfermagem e as ordens profissionais enfrentam, Mário Marcedo garante que a sua candidatura tem sido muito bem recebida.
“Temos recebido muitas mensagens de apoio por parte de vários colegas de todo o país. Há um entusiasmo muito grande com a nossa candidatura e a nossa postura. Somos os únicos na histórias das ordens que têm assumido ser contra uma saúde corporativa. Portanto, contamos ganhar as próximas eleições”.
HN/Vaishaly Camões
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