Marco Neves precisou que 17 médicos reformaram-se e 12 rescindiram contrato com as unidades de saúde do ACeS PL. “Entraram dez médicos, mas três rescindiram depois”, acrescentou o diretor executivo do ACeS PL, que integra os municípios de Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós.
Nos últimos dias, aposentaram-se dois médicos no centro de saúde de Santa Catarina da Serra. “Ficou apenas uma médica. Há dois ficheiros a descoberto. A estratégia para minimizar o impacto é haver o atendimento prioritário. O receituário será distribuído por médicos das unidades da Caranguejeira e do Arrabal. Está longe de ser o ideal”, admitiu Marco Neves.
O diretor do ACeS PL alertou ainda que até final do ano é expectável que haja mais médicos a entrarem na reforma, embora a partir de agora o número seja mais reduzido.
Na reunião de executivo do Município de Leiria, na terça-feira, o presidente da Câmara, Gonçalo Lopes (PS), afirmou que a falta de clínicos o tem “preocupado bastante”. Nesse sentido, a autarquia aprovou um apoio ao alojamento e está a “preparar um protocolo para que seja possível contratar médicos reformados” ou que estejam a trabalhar no setor privado e que possam fazer umas horas “enquanto não chegam médicos”.
A vereadora com a pasta da Saúde, Ana Valentim, acrescentou que “estes médicos não serão médicos de família das pessoas. Vão é garantir os cuidados assistenciais, consultas, receituário, exames, o que é o essencial para a população”.
Marco Neves explicou à Lusa que o protocolo insere-se no âmbito do projeto ‘Bata Branca’, que prevê um acordo entre a União das Misericórdias, a Administração Regional de Saúde do Centro e o Município de Leiria, que irá contribuir com uma parte do financiamento.
LUSA/HN
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