“Foram identificados, até ao momento, 136 casos com a sintomatologia implicada na toxinfeção alimentar aparentemente associada ao consumo de broa”, refere uma nota de imprensa da Saúde Pública da ARSC, que informa que, “embora tenham sido identificados novos casos nos últimos dias, a maioria continua a ser identificada retrospetivamente”.
Segundo o comunicado enviado hoje, a distribuição geográfica dos casos suspeitos começou por estar circunscrita a concelhos da área de abrangência do Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) do Pinhal Litoral (onde se regista a maioria dos casos), mas alargou-se a alguns concelhos dos ACeS Pinhal Interior Norte, Médio Tejo, Baixo Mondego e Baixo Vouga.
A informação revela que, do total de casos identificados, “35 recorreram a serviços de saúde, encontrando-se dois sob observação clínica”.
“Os doentes avaliados em serviços de saúde têm apresentado, maioritariamente, quadros clínicos ligeiros, com rápida resolução”, explica ainda a Saúde Pública da ARSC.
A investigação epidemiológica e análises laboratoriais de amostras clínicas e alimentares vão prosseguir, assim como a realização de vistorias aos locais de confeção, cadeia de comercialização, distribuição e venda dos alimentos, sendo retirados do mercado os produtos sinalizados.
Os serviços de Saúde Pública Locais e Regionais do Centro e de Lisboa e Vale do Tejo, em colaboração com as unidades hospitalares, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge “continuam a acompanhar a situação, com divulgação pública dos elementos mais relevantes da investigação”.
A suspeita de toxinfeção alimentar começou a ser detetada entre os dias 28 e 29 de julho. A situação levou a que tivesse sido iniciada uma investigação que “compreendeu a aplicação de questionários de identificação de sintomas e de exposições suspeitas, nomeadamente consumo de alimentos em diferentes refeições familiares”, referiu na altura um comunicado da ARSC.
No âmbito dessa investigação, que envolveu também a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), foram recolhidas “amostras de produtos alimentares suspeitos para investigação laboratorial” e foram “sequestrados da comercialização os produtos alimentares suspeitos que foi possível identificar e alertados os serviços clínicos para possível chegada de novos doentes”.
Segundo o mesmo texto, a sintomatologia observada “foi predominantemente neurológica, nomeadamente secura das mucosas da cavidade oral, dilatação pupilar, visão desfocada, tonturas, quadros de confusão mental e diminuição da força muscular”.
LUSA/HN
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