Sindicatos médicos e ministro da Saúde reunira-se hoje para discutir as tabelas salariais. Após o fim da reunião, a FNAM lamentou que as negociações não tenham chegado a bom porto.
“A quinta reunião extraordinária depois de 15 meses de negociações voltou a não produzir resultados, confirmando a imperiosidade de uma mediação independente e a emergência em salvar as carreiras médicas e o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, apontou em comunicado.
Aos olhos da entidade sindical, a proposta apresentada “além das insuficiências e das irracionalidades que já se conheciam relativamente às tabelas salariais, à inconstitucionalidade do aumento do limite das horas extraordinárias e por vincular o aumento salarial à economia no exercício da profissão, condiciona de forma imoral o ato médico a critérios economicistas”.
A FNAM lamentou a posição adotada por parte da tutela que irá fazer com que os médicos portugueses continuem “entre os mais mal pagos da Europeia”.
No comunicado, a federação argumenta que “o valor global de um aumento salarial justo é compensado pelo valor que se poupará nos cuidados que estão a ser enviados para o setor privado e no pagamento a prestadores de serviço, além da mais-valia coletiva que significa ter um país dotado de um SNS pleno de capacidades técnicas e humanas.”
A inclusão dos médicos internos na carreira médica foi um outro assunto que suscitou críticas.
Após mais um fracasso nas negociações, o sindicato mantém o braço de ferro e reforça as formas de luta.
“Face a tudo isto, o MS não nos deixa outra alternativa do que continuar e aprofundar as formas de luta, desde logo com uma campanha nacional, onde a FNAM vai percorrer o país de Norte a Sul, mobilizando os médicos para manifestarem a sua indisponibilidade em realizar mais do que 150 horas extraordinárias por ano, e assim não aceitarem continuar a trabalhar sob condições desumanas, impróprias para a sua saúde, para a saúde dos utentes e do SNS.”
A FNAM afirmou ainda que aguarda a confirmação de audiência com o Presidente da República.
PR/HN
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