Saiba como evitar uma intoxicação alimentar no verão

10 de Agosto 2023

Um conjunto de especialistas do grupo Ribera, incluindo do Hospital de Cascais, alertaram esta quinta-feira para as causas mais comuns das intoxicações alimentares no verão. As intoxicações mais frequentes são as produzidos por bactérias como Salmonella, Campylobacter, E. coli ou Listeria que causam sintomas como náuseas, vómitos, dores abdominais, diarreia, mal-estar ou febre.

Após terem sido registados vários casos de intoxicação alimentar em Espanha e Portugal, vários especialistas do grupo Ribera explicam que a preparação de alimentos mal cozidos ou conservados pode favorecer a sua contaminação.

Antonio Valdivia, chefe de Medicina Preventiva do Departamento de Saúde de Denia e do Hospital de Denia, garante que “a preparação de alimentos de conserva sem a devida higiene favorece a contaminação destes pela bactéria C. botulinum que, se não for eliminada pelo calor ou inibida por um pH suficientemente ácido, pode se reproduzir e gerar a toxina”.

Rita Vale Rodrigues, Médica Gastroenterologista, do Hospital de Cascais, recomendando “que se lave regularmente as mãos, utensílios e superfícies de manuseamento dos alimentos, e cozinhe bem os alimentos, em especial os ovos e a carne de aves”.

Os profissionais do grupo de saúde Ribera aproveitaram os recentes casos de intoxicação alimentar registados em diferentes locais em Espanha e Portugal, bem como alguns outros em que a origem do problema de saúde foi a água contaminada, para recordar as principais causas de contaminação por comida ou água neste verão.

Valdivia assegura que, segundo dados da RENAVE (Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica), “os surtos mais frequentes são os causados ​​por salmonelas, seguidos à distância pelos causados ​​por histamina ou norovírus, e os alimentos que mais frequentemente estão relacionados são os que contêm ovo.”

Apesar de as intoxicações alimentares poderem provocar náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, mal-estar ou febre, os especialistas alertam que nem todas as pessoas apresentam os mesmos sintomas.

“O mais importante é garantir a manutenção de uma hidratação adequada, pelo que qualquer caso de intoxicação que impeça a retenção de líquidos por vómitos ou diarreia deve ser avaliado urgentemente por um médico”, frisa Antonio Valdivia.

Lavar regularmente as mãos, utensílios e superfícies de manuseamento dos alimentos; cozinhar bem os alimentos, em especial os ovos e a carne de aves; lavar cuidadosamente os alimentos que vão ser consumidos crus; após serem confecionados, consumir os alimentos num curto espaço de tempo e guarde o remanescente no frigorífico, num recipiente fechado; não consumir alimentos com alteração de odor, cor e sabor; separar os alimentos crus dos cozinhados; consumir apenas água potável são algumas dicas deixadas por parte dos médicos.

PR/HN/VC

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Mestre em Saúde Pública
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