A FNAM fez uma compilação de todas as situações registadas nos últimos meses e que têm afetado inúmeros estabelecimentos de saúde, incluindo cuidados de saúde primários e hospitalares.
De acordo com a Federação, o ciberataque verificado no Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM) “impossibilita, ainda à data desta publicação, a realização de consultas e o registo informático dos dados decorrentes das mesmas, incluindo a medicação crónica.”
“A informação veiculada da reposição de uma presumível normalidade na atividade assistencial não se verificou e a utilização provisória de papéis individualizados para cada utente não anula o facto ser impossível consultar os registos médicos e de analisar, numa linha temporal, os achados anteriores e suas implicações no presente e no futuro da história natural da doença”.
Nas unidades dos Cuidados de Saúde Primários da ARS Norte, “têm sido identificados problemas na transição da referenciação pelos sistemas Alert para o Registo de Saúde Eletrónico Siga. Desde há 2 meses, quando os utentes efetivam consulta através do quiosque eletrónico, os MCDT saem por defeito como prescrição privada. Os médicos têm de selecionar como centro de responsabilidade ‘SNS’ para saírem comparticipados, sacrificando tempo e aumentando o consumo de papel. Além disso, ainda não existe servidor único da Administração Regional de Saúde (ARS).”
Na ARS do Algarve, desde dia 18 de agosto “que se multiplicam os problemas no acesso ao SClínico, o que impede a concretização de consultas, prescrição de terapêutica e acesso aos antecedentes dos doentes, tudo processos fundamentais para o correto funcionamento dos serviços de saúde. Estes problemas verificaram-se tanto a nível Cuidados de Saúde Primários como ao nível Hospitalar.”
Segundo a FNAM, “a falta de investimento expõe SNS e SESARAM à ineficiência e a ciberataques”.
A Federação defendeu hoje que perante estas situações os médicos “devem pedir escusa de responsabilidade”.
PR/HN/VC
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