Oeiras conclui obras no centro de saúde e instala comportas em estabelecimentos de Algés

30 de Setembro 2023

O Centro de Saúde de Algés reabre para consultas na segunda-feira, após obras de recuperação devido aos danos provocados pelas inundações de dezembro de 2022, anunciou hoje a Câmara de Oeiras.

30Segundo fonte da autarquia, as obras de reparação do Centro de Saúde de Algés, na Rua Dr. Manuel de Arriaga, no núcleo antigo da localidade, orçou em 500 mil euros de investimento exclusivo do município, que se substituiu à Administração Central.

O equipamento de saúde, inaugurado em 2017, resultou da colaboração entre o município e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, para servir 20 mil utentes, e a câmara decidiu assumir a recuperação do edifício afetado pelas intempéries de dezembro do ano passado, que afetaram a Baixa de Algés, onde morreu uma mulher.

Enquanto o centro de saúde esteve fechado para obras, os utentes foram assistidos no Centro de Saúde do Restelo, assegurando a autarquia o transporte, desde Algés, através de serviço de táxi, para utentes com consulta agendada na unidade de recurso.

O presidente da autarquia, o independente Isaltino Morais, visitou durante a tarde de hoje o Centro de Saúde de Algés, para assinalar o fim dos trabalhos e a reabertura do equipamento, com o início das consultas previsto para segunda-feira.

O autarca deslocou-se depois à Rua Major Afonso Palla, artéria pedonal na Baixa de Algés que liga à estação ferroviária da Linha de Cascais, para apresentar 26 comportas instaladas nos estabelecimentos comerciais, para prevenir os efeitos das cheias e de inundações na zona.

“Enquanto a obra do aumento da secção da Ribeira de Algés não acontece, que já está a ser articulada com a Agência Portuguesa do Ambiente, o município de Oeiras decidiu criar um plano de mitigação imediata do efeito das cheias. A colocação de comportas faz parte desse plano”, afirmou Isaltino Morais, numa declaração enviada à Lusa.

As 26 comportas, em material de aço inox, divididas em três placas com 60 centímetros de altura cada, serão colocadas nas portas dos estabelecimentos “todas as noites, seja qual for o cenário previsto”, explicou fonte da autarquia, num investimento de “cerca de 100 mil euros”.

A limpeza periódica da ribeira de Algés é outra das medidas que consta do plano de mitigação, bem como sensores sonoros de alerta à população, acrescentou.

O município de Oeiras, de acordo com a fonte oficial camarária, já gastou 4,5 milhões de euros devido às cheias, quando o Governo, no conjunto dos prejuízos, decidiu contribuir com 1,250 milhões de euros.

Além deste valor, a câmara já apoiou com perto de um milhão de euros os comerciantes afetados pelo mau tempo.

Em fevereiro, por ocasião da entrega dos primeiros apoios municipais a comerciantes locais afetados pelas cheias de dezembro de 2022, Isaltino Morais informou que a câmara tinha estado reunida com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e que finalmente se iria “avançar com a regularização da ribeira” de Algés, com a duplicação de dois troços do curso de água.

A câmara estimou prejuízos de 9,7 milhões de euros em infraestruturas municipais (muros, estradas, via pública), 5,2 milhões nas atividades económicas, 3,7 milhões em equipamentos municipais, e 500 mil euros no Centro de Saúde de Algés.

Vários distritos do continente, em particular Lisboa, foram afetados por chuvas fortes no mês de dezembro, com grandes inundações, dezenas de desalojados e prejuízos de milhões de euros.

Em janeiro, o Governo anunciou que o mau tempo registado entre o final de 2022 e o início de 2023 causou prejuízos de 293 milhões de euros no território continental, ascendendo o volume de apoios a conceder a cerca de 185 milhões de euros.

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