Esta quarta-feira, Carlos Cortes encontrou “uma postura diferente do Ministério da Saúde” na reunião a pedido da Ordem, que quis “tentar ajudar a encontrar soluções, sensibilizar o Governo para estas soluções”, disse o bastonário aos jornalistas.
“Há aqui uma abertura do Ministério da Saúde”, segundo Carlos Cortes, que saiu do encontro com a notícia de que os médicos vão passar a ter um horário base de 35 horas semanais, “como aliás é o horário de trabalho de todos os restantes profissionais de saúde”, acrescentou o bastonário.
As matérias sindicais fechadas que poderão voltar a ser discutidas serão reportadas aos sindicatos na próxima semana. A Ordem dos Médicos vai marcar uma reunião de emergência do Fórum Médico, a plataforma que reúne todas as organizações médicas, que terá lugar no dia 12, quinta-feira, em Coimbra. “Nessa reunião, serão apresentadas todas as medidas que foram aqui discutidas e em que houve abertura da parte do Ministério da Saúde.”
Carlos Cortes anunciou quatro medidas apresentadas ao ministro: abertura de um processo para a nova carreira médica; um plano de captação e manutenção de médicos para o Serviço Nacional de Saúde, para a Ordem prioritário; um pacote formativo para melhorar a qualidade da formação médica (“tem que haver mais espaço para a formação dentro do Serviço Nacional de Saúde”); um horário médico base de 35 horas.
“É da análise da Ordem dos Médicos que tem sido feito muito pouco ou praticamente nada para captar, fixar, manter os médicos no Serviço Nacional de Saúde.” Carlos Cortes disse aos jornalistas que mostrou a importância de o Serviço Nacional de Saúde estar dotado de recursos humanos médicos suficientes “para não termos o grave problema que estamos a atravessar neste momento”.
A Ordem pediu que “muito rapidamente” se inicie o diálogo entre ministro e sindicatos, e que seja breve.
HN/RA
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