Em comunicado, o SEP informou que aquela unidade do Centro de Saúde de Arganil, no interior do distrito de Coimbra, “tem sido confrontada com uma grave carência de enfermeiros que se tem traduzido num desgaste enorme” destes profissionais.
A situação resulta também “na impossibilidade de assegurar todos os cuidados, mesmo os já previamente agendados”, acentuou o dirigente sindical Paulo Anacleto à agência Lusa.
“A não substituição de vários enfermeiros em ausência prolongada tem-se objetivado na redução do horário de atendimento, na inexistência de enfermeiros para assegurar o funcionamento adequado de algumas extensões de saúde, nomeadamente de Pomares e Piodão, obrigando à deslocação dos utentes à sede do Centro de Saúde e ao polo de Coja, na não execução da atividade assistencial de enfermagem e na impossibilidade de prestar assistência a utentes não inscritos, tendo os mesmos orientações para se deslocarem aos centros de saúde mais próximos, em Tábua e Góis”, adiantou.
Segundo a nota, “a escassez de enfermeiros, já reportada ao Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Interior Norte (ACES PIN) e à Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, ainda não teve qualquer repercussão na contratação, apesar de estas instituições reconhecerem a carência de enfermeiros”.
“Reconhecer é importante, [mas] falta alocar com urgência os recursos que só a estas instituições e ao Ministério da Saúde compete”, sublinhou.
O recurso a horas extraordinárias, de acordo com o SEP, “tem sido insuficiente para fazer face à carência e as orientações para os profissionais têm sido no sentido de serem assegurados os cuidados prioritários”.
“É urgente a contratação de enfermeiros para que seja possível a reposição do horário de atendimento, para garantir a prestação de cuidados de enfermagem com qualidade e segurança, em todas as extensões e valências da UCSP de Arganil, e para evitar um desgaste ainda maior numa equipa de enfermagem já exausta”, defendeu.
LUSA/HN
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