Pizarro: “Convivo muito bem com as entrevistas do senhor diretor executivo”

30 de Outubro 2023

“Por vivermos mesmo numa sociedade democrática”, o ministro da Saúde lida “muito bem” com as declarações públicas do diretor executivo do SNS, disse hoje em audição parlamentar. Quanto às negociações com os sindicatos, Pizarro adiantou apenas que acredita que “vamos dar passos muito significativos”.

“Permita-me que não entre em detalhes”, disse Pizarro, “mas julgo que vamos dar passos muito significativos para tratar aqui de uma articulação e de um equilíbrio que podia parecer muito difícil”: entre reconhecer e valorizar a carreira dos profissionais de saúde e garantir que daqui não resulta nenhuma diminuição da capacidade assistencial do SNS e da capacidade de reorganizar o SNS, “em favor dos cidadãos e em favor, também, dos próprios profissionais”.

Esta manhã, Pizarro explicou a “reorganização muito ambiciosa” a partir de 1 de janeiro, mas o PSD, apesar de não se opor às ULS, continua com dúvidas. O deputado Rui Cristina referiu que o seu partido teme que seja “mais uma falsa solução”: “Partido Social Democrata anunciou que irá requerer a apreciação parlamentar do decreto de lei da ULS, (…) por considerarmos que qualquer reforma estrutural não pode ser feita contra as pessoas e deve ser politicamente escrutinada e ter, pelo menos, o envolvimento dos agentes do setor.”

Pizarro garantiu que os envolvidos foram ouvidos e acrescentou que a nova operação vai permitir criar 250 USF de modelo B logo em janeiro de 2024.

“E por vivermos mesmo numa sociedade democrática é que eu convivo muito bem com as entrevistas do senhor diretor executivo e dos outros dirigentes do Ministério da Saúde. (…) Os dirigentes do Ministério da Saúde (….) podem exprimir a sua opinião à vontade (…). Dá-se o caso de que, em relação à entrevista do Professor Fernando Araújo, eu até considero que só merece elogio a entrevista do dirigente máximo do Serviço Nacional de Saúde, que mostra e evidencia a sua preocupação de forma transparente e clara perante os portugueses”, afirmou Pizarro, questionado pela deputada da Iniciativa Liberal, Joana Cordeiro, que criticou “o alarme” gerado pelas declarações do diretor executivo e a “chantagem” com os médicos.

HN/RA

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