“Permita-me que não entre em detalhes”, disse Pizarro, “mas julgo que vamos dar passos muito significativos para tratar aqui de uma articulação e de um equilíbrio que podia parecer muito difícil”: entre reconhecer e valorizar a carreira dos profissionais de saúde e garantir que daqui não resulta nenhuma diminuição da capacidade assistencial do SNS e da capacidade de reorganizar o SNS, “em favor dos cidadãos e em favor, também, dos próprios profissionais”.
Esta manhã, Pizarro explicou a “reorganização muito ambiciosa” a partir de 1 de janeiro, mas o PSD, apesar de não se opor às ULS, continua com dúvidas. O deputado Rui Cristina referiu que o seu partido teme que seja “mais uma falsa solução”: “Partido Social Democrata anunciou que irá requerer a apreciação parlamentar do decreto de lei da ULS, (…) por considerarmos que qualquer reforma estrutural não pode ser feita contra as pessoas e deve ser politicamente escrutinada e ter, pelo menos, o envolvimento dos agentes do setor.”
Pizarro garantiu que os envolvidos foram ouvidos e acrescentou que a nova operação vai permitir criar 250 USF de modelo B logo em janeiro de 2024.
“E por vivermos mesmo numa sociedade democrática é que eu convivo muito bem com as entrevistas do senhor diretor executivo e dos outros dirigentes do Ministério da Saúde. (…) Os dirigentes do Ministério da Saúde (….) podem exprimir a sua opinião à vontade (…). Dá-se o caso de que, em relação à entrevista do Professor Fernando Araújo, eu até considero que só merece elogio a entrevista do dirigente máximo do Serviço Nacional de Saúde, que mostra e evidencia a sua preocupação de forma transparente e clara perante os portugueses”, afirmou Pizarro, questionado pela deputada da Iniciativa Liberal, Joana Cordeiro, que criticou “o alarme” gerado pelas declarações do diretor executivo e a “chantagem” com os médicos.
HN/RA
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