Henrique Reguengo voltou à Provadora de Justiça com a mesma queixa – em março também esteve reunido com Maria Lúcia Amaral devido ao tratamento discriminatório que considera que os farmacêuticos estão a ter por parte do Governo. “Fomos agora dar-lhe conta dos esforços que temos feito, ao longo deste ano, para conseguir resolver estas matérias”, informou Henrique Reguengo.
O tratamento discriminatório continua, segundo o presidente do sindicato. “Portanto, aquilo que nós solicitámos à senhora Provedora foi que ela começasse a interpelar ela própria ou, pelo menos, que se pronunciasse relativamente a estas matérias. Demos conta, também, de uma série de reuniões que vamos ter com o poder político, com grupos parlamentares e mesmo com o senhor Presidente da República”, contou.
“Aquilo que ficou mais ou menos alinhavado foi nós tornarmos a falar depois deste último esforço para conseguir alguma influência política que desbloqueie a situação; dar-lhe feedback do que aconteceu para ela depois decidir o que vai fazer”, acrescentou.
Em conversa com o HealthNews, Henrique Reguengo sublinhou que a inflação e o aumento do custo de vida afetaram também os farmacêuticos, mas estes “viram uma desvalorização relativamente a todos os outros profissionais de saúde, porque todos os outros viram alterada a sua grelha remuneratória e os farmacêuticos não”.
“As habilitações académicas e a responsabilidade que os farmacêuticos assumem dentro do Serviço Nacional de Saúde têm que ser visíveis na sua componente remuneratória. Não podemos estar a pedir que os farmacêuticos assumam mais e mais responsabilidades e relativamente aos outros profissionais pagar-lhes cada vez menos”, criticou Reguengo.
Henrique Reguengo confessou que sentiu empatia por parte da Provadora de Justiça e que isso “é importante”, mas ressalvou que aguarda o pronunciamento de Maria Lúcia Amaral.
HN/RA
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