À exceção dos farmacêuticos “todos os outros profissionais de saúde tiveram a sua componente remuneratória revista”

2 de Novembro 2023

A Provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, recebeu o presidente do Sindicato Nacional dos Farmacêuticos, Henrique Reguengo, que denunciou, mais uma vez, o “tratamento discriminatório” por parte do Governo. “Todos os outros profissionais de saúde tiveram a sua componente remuneratória revista desde 2008”, explicou o farmacêutico ao HealthNews.

Henrique Reguengo voltou à Provadora de Justiça com a mesma queixa – em março também esteve reunido com Maria Lúcia Amaral devido ao tratamento discriminatório que considera que os farmacêuticos estão a ter por parte do Governo. “Fomos agora dar-lhe conta dos esforços que temos feito, ao longo deste ano, para conseguir resolver estas matérias”, informou Henrique Reguengo.

O tratamento discriminatório continua, segundo o presidente do sindicato. “Portanto, aquilo que nós solicitámos à senhora Provedora foi que ela começasse a interpelar ela própria ou, pelo menos, que se pronunciasse relativamente a estas matérias. Demos conta, também, de uma série de reuniões que vamos ter com o poder político, com grupos parlamentares e mesmo com o senhor Presidente da República”, contou.

“Aquilo que ficou mais ou menos alinhavado foi nós tornarmos a falar depois deste último esforço para conseguir alguma influência política que desbloqueie a situação; dar-lhe feedback do que aconteceu para ela depois decidir o que vai fazer”, acrescentou.

Em conversa com o HealthNews, Henrique Reguengo sublinhou que a inflação e o aumento do custo de vida afetaram também os farmacêuticos, mas estes “viram uma desvalorização relativamente a todos os outros profissionais de saúde, porque todos os outros viram alterada a sua grelha remuneratória e os farmacêuticos não”.

“As habilitações académicas e a responsabilidade que os farmacêuticos assumem dentro do Serviço Nacional de Saúde têm que ser visíveis na sua componente remuneratória. Não podemos estar a pedir que os farmacêuticos assumam mais e mais responsabilidades e relativamente aos outros profissionais pagar-lhes cada vez menos”, criticou Reguengo.

Henrique Reguengo confessou que sentiu empatia por parte da Provadora de Justiça e que isso “é importante”, mas ressalvou que aguarda o pronunciamento de Maria Lúcia Amaral.

HN/RA

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