CIMRL preocupada com “momento difícil” do SNS

3 de Novembro 2023

A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) manifestou hoje preocupação com o “momento difícil” do Serviço Nacional de Saúde, considerando que se devem aguardar as negociações sem contribuir para aumentar o alarme social, disse hoje o seu presidente.

“A CIMRL encara com natural preocupação o momento difícil que o Serviço Nacional de Saúde enfrenta, em parte em resultado da escassez de profissionais de saúde, uma situação a que a Região de Leiria não é alheia”, afirmou Gonçalo Lopes, numa resposta escrita enviada à agência Lusa.

Integram esta Comunidade Intermunicipal Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós.

Gonçalo Lopes, também presidente da Câmara de Leiria, eleito pelo PS, disse ainda acompanhar “com expectativa as negociações em curso entre os representantes dos profissionais e a o Governo”.

“Acreditamos que ambas as partes estão empenhadas em garantir as soluções que melhor sirvam a nossa população e em manter o nível de excelência do Serviço Nacional de Saúde, que é uma das grandes conquistas do nosso sistema democrático”, destacou o autarca.

Mais de 30 hospitais de norte a sul do país estão a enfrentar constrangimentos e encerramentos temporários de serviços devido à dificuldade de as administrações completarem as escalas de médicos.

Em causa está a recusa de mais de 2.500 médicos em fazerem mais do que as 150 horas extraordinárias anuais a que estão obrigados.

Esta crise já levou o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, a admitir que novembro poderá ser dramático, caso o Governo e os sindicatos médicos não consigam chegar a um entendimento.

As negociações entre sindicatos e Governo já se prolongam há 18 meses e há nova reunião marcada para sábado.

“Entendemos que neste momento devemos aguardar com tranquilidade o decorrer do processo negocial, sem contribuir para aumentar o ruído ou alarme social, em torno deste tema tão importante”, adiantou o presidente da CIMRL.

Quanto à situação do Centro Hospitalar de Leiria (CHL), o autarca expressou confiança “na capacidade tanto da administração quanto dos profissionais de saúde, na gestão dos recursos disponíveis, de forma a garantir o melhor serviço possível à população”.

A Urgência Ginecológica/Obstétrica do CHL está fechada desde as 09:00 de quinta-feira e até às 09:00 de segunda-feira por falta de médicos, anunciou aquela unidade de saúde, que pede às utentes para em situações urgentes se dirigirem às maternidades de Coimbra, Dr. Bissaya Barreto ou Dr. Daniel de Matos.

O CHL explicou que, “apesar dos constrangimentos anunciados e da necessidade de adaptar a sua capacidade de resposta na Urgência de Ginecologia/Obstetrícia e Bloco de Partos entre os dias 02 e 06 de novembro, continua a estar garantida toda a atividade assistencial e programada, pelo que o acompanhamento e os cuidados prestados às grávidas e utentes na área da Ginecologia, no âmbito da consulta externa, não serão afetados por esta contingência, estando assegurada a capacidade de resposta nestas áreas”.

“Os constrangimentos em causa afetarão unicamente o funcionamento da Urgência de Ginecologia/Obstetrícia e do Bloco de Partos”, precisou o CHL.

Já a Urgência Pediátrica do CHL “encontra-se encerrada entre as 09:00 de domingo, dia 05 de novembro, até às 09:00 de segunda-feira, dia 06 de novembro, devido à falta de recursos humanos médicos”. Em situações urgentes, as pessoas podem dirigir-se ao Hospital Pediátrico de Coimbra.

LUSA/HN

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