A LBP enviou por escrito a Manuel Pizarro seis medidas “concretas, imediatas e excecionais para minimizar o que está acontecer com as urgências hospitalares e o socorro pré-hospitalar”, uma vez que há falta de ambulâncias nas corporações dos bombeiros devido ao tempo que um pedido de socorro demora com os atuais constrangimentos nestes serviços.
Uma das medidas proposta é dirigida à direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para que promova “as diligências necessárias no sentido das ambulâncias serem libertadas das urgências hospitalares no mais curto período de tempo”, devendo ser dada prioridade às viaturas dos bombeiros.
Segundo a LBP, as ambulâncias não devem ficar nas urgências mais do que uma hora.
A LBP quer que o INEM promova “de imediato o estabelecimento de mais 90 protocolos PEM (Posto de Emergência Médica) de reforço com as associações humanitárias de bombeiros por um período de 90 dias” e permita a mobilização dos motociclos disponíveis nos bombeiros nas áreas urbanas para melhor prontidão de um meio de socorro junto de quem necessita de ser socorrido.
A Liga defende também que os postos de reserva passem de imediato a PEM para garantir “uma maior disponibilização de meios de socorro diferenciados” e que o INEM dê orientações ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) para acelerar o atendimento das equipas das ambulâncias de emergência e informe com celeridade qual o hospital de referência a utilizar.
A LBP propõe ainda que as ambulâncias tipo B (equipadas para o transporte e prestação de cuidados de emergência médica a doentes urgentes e emergentes) dos corpos de bombeiros possam fazer altas hospitalares, depois de coordenado com o CODU, “diminuindo os custos e os tempos de resposta por parte dos bombeiros, com ganhos de escala e otimização de recursos, contribuindo em especial para libertar mais rapidamente camas de internamento e macas nos serviços de urgência”.
A Liga dos Bombeiros Portugueses considera ainda que é necessário encontrar um conjunto de soluções temporárias para “minimizar a situação que se está a agravar de dia para dia”.
Mais de 30 hospitais de norte a sul do país estão a enfrentar constrangimentos e encerramentos temporários de serviços devido à dificuldade das administrações completarem as escalas de médicos.
LUSA/HN
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