No âmbito da Convenção Nacional da Saúde, promovida hoje na Ordem dos Médicos, Eurico Castro Alves defendeu a necessidade de colaboração entre os diferentes players da saúde no que toca ao debate sobre a digitalização.

Na sessão, o responsável afirmou que “a Convenção Nacional da Saúde é um parceiro de excelência do poder político. Estamos sempre ao serviço do país para qualquer que seja a solução governativa e para cooperar com os executivos no sentido de concretizarmos os mais eficazes e sustentáveis cuidados de saúde.”

Castro Alves defendeu que a digitalização na saúde promove a integração entre médicos, doentes e instituições de saúde. Com a utilização das tecnologias, “os profissionais de saúde terão acesso mais rápido à informação essencial para uma melhor tomada de decisão, promovendo cuidados de saúde mais eficazes.”

Neste sentido, considerou que o registo de saúde eletrónico único assume-se como a ferramenta revolucionadora. “Esta ferramenta vai permitir capacitar os cidadãos para ficar donos dos seus dados clínicos, quer tenham sido recolhidos no sistema público, provado ou social”.

Por outro lado, possibilita “o acesso imediato de informações precisas sobre o histórico médicos, encurtando o tempo para chegar ao diagnóstico e a implementação terapêutica”.

No entanto, o Presidente da Convenção Nacional da Saúde admitiu que “para atingir estes benefícios iremos precisar de ultrapassar com êxito alguns dos desafios existentes: a privacidade e proteção de dados, bem como as desigualdades no acesso à tecnologia”.

“Este é um dos momentos mais desafiantes no setor da saúde (…) Mais do que nunca precisamos de um sistema de saúde que conte com todos, numa convergência de esforços entre público, privado e social”, apontou.

No encerramento da intervenção, Eurico Castro Alves reforçou que a saúde deve ser a prioridade do próximo Governo.

“Acreditamos que a saúde deverá ser a prioridade do próximo Governo. Estamos convictos que a digitalização é o caminho a seguir. Investir na saúde é investir nas pessoas”, concluiu.

HN/Vaishaly Camões