O ministro participo hoje na sessão de encerramento da Convenção Nacional da Saúde, promovida na Ordem dos Médicos.
O responsável começou por sublinhar que a incorporação tecnológica no sistema de saúde é “inevitável”. “O tema da digitalização é absolutamente central. Se há alguma coisa que podemos ter a certeza é que evolução tecnológica vai acelerar muito (…) Temos de perceber como é que a digitalização pode ser encaminhada de forma a tirar proveito”.
O responsável pela pasta da Saúde admitiu que, apesar dos esforços do Serviço Nacional de saúde e do aumento no volume da atividade assistencial, Portugal continua sem conseguir satisfazer as necessidades dos doentes.
Por este motivo, reconheceu que a tecnologia pode ter um papel importante. “Precisamos mais tecnologia e digitalização para dar resposta ao problemas da saúde”.
“Este processo não pode ser construído pelo Estado sozinho. Tem de ser feito em parceria comas diferentes intervenientes e parceiros da área da saúde, respeitando as diferentes visões e interesses”, apontou.
Em matéria do registo de saúde eletrónico, Manuel Pizarro garantiu ter uma “visão muito clara”. “Este registo tem de ser centrado no utilizador e não pode ser baseado no sistema ao qual o utente recorre a cada momento. Tem também de estar centrado na partilha de informação por todos os agentes do sistema.”
“Por outro lado, o registo de saúde eletrónico tem de ser uma ato de inteligência. Isto é, não pode ser um lugar de acumulação de todos os dados. Toda a informação é igual a informação nenhuma (…) Ninguém se vai dedicar uma hora à leitura demorada dos diferentes casos clínicos”.
Por esta razão, defendeu que o registo de saúde eletrónico “tem de reunir e preservar a informação mais relevante”. Deverá, por isso, ser usado “da forma mais produtiva e simples possível”.
No final da declaração reforçou que “a digitalização não substitui a reorganização do sistema de saúde”, sublinhando a implementação de reformas como o alargamento das Unidades Locais de Saúde.
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