Fernando Araújo afirmou ontem que pretende alargar a vacinação contra o tétano e a difteria em adultos às farmácias comunitárias, de maneira a aumentar a cobertura da população.
A Ordem dos Enfermeiros foi bastante crítica perante o anúncio do direto executivo. Em comunicado enviado ao nosso jornal, a ordem defendeu que “a prioridade do Governo deveria ser o reforço dos recursos dos cuidados de saúde primários em vez de canalizar verbas para empresas privadas sem competência para garantir condições adequadas quer à administração de qualquer vacina, quer para efetuar intervenções terapêuticas.”
“É a segurança das pessoas que está em causa”, alega.
De acordo com a ordem, a administração de vacinas é da competência dos enfermeiros que “têm formação diferenciada e especializada para lidar com possíveis reações adversas e atuar, por exemplo, em suporte imediato de vida.”
Na nota frisam que “as vacinas, ou a prestação de quaisquer outros cuidados da competência dos Enfermeiros, poderão ser administradas nas farmácias desde que as mesmas contratem Enfermeiros para o efeito, tal como prevê a portaria que define os serviços prestados nas farmácias comunitárias e cuja alteração em 2018 permite prestar alguns serviços de Enfermagem nestas farmácias.”
A Ordem dos Enfermeiros destaca que “Portugal tem uma das maiores coberturas vacinais do mundo, graças ao esforço, ao empenho e ao profissionalismo dos Enfermeiros ao longo dos anos.”
Os enfermeiros pediram uma reunião urgente ao Diretor Executivo do SNS.
PR/HN
Quando estamos perante um atentado a atividade funcional de uma classe, não sei onde vai parar este SNS. Olho para estas notícias e vejo as prioridades completamente invertidas. Reforçar as instituições dotandoas de profissionais capazes de dar resposta às necessidades população, deveria ser o foco.
(Apenas um desabafo de um profissional preocupado)