Esta organização, que trabalha para garantir o acesso equitativo às inovações médicas, examinou a cadeia de produção de dez produtos essenciais de saúde, como medicamentos para a malária e o VIH.
Este estudo divulgado na terça-feira mostra que é possível reduzir as emissões em 70% até 2030, com mais de metade dessa redução sem aumentar os custos de produção.
As conclusões foram divulgadas antes da COP28, a cimeira climática da ONU que decorre no Dubai, entre 30 de novembro e 12 de dezembro, e que, pela primeira vez, incluirá um dia centrado no clima e na saúde.
Para cada um dos dez produtos de saúde examinados, a Unitaid analisou os impactos climáticos, incluindo aquisição de matérias-primas, resíduos, emissões de carbono e poluição por plásticos.
O relatório revela que estas 10 cadeias de abastecimento emitem mais de 3,5 milhões de toneladas de carbono por ano.
O relatório indica que as emissões poderiam ser reduzidas através, entre outras coisas, da reciclagem de solventes e da mudança para energias renováveis.
“Identificamos vinte soluções técnicas principais que poderiam reduzir as emissões em 70 por cento, 40 por cento das quais poderiam ser implementadas sem aumentar o custo de produção”, frisou Vincent Bretin, responsável da Unitaid, citado pela agência France-Presse (AFP).
No entanto, ir mais longe e abordar os restantes 30% “aumentaria os custos dos produtos”, referem os autores do estudo no relatório.
As Nações Unidas têm vindo a insistir na necessidade de adoção imediata de “medidas espetaculares” para impedir um maior aquecimento global, quando o planeta caminha para os 2,9ºC de aquecimento.
Para impedir um aumento de 3°C das temperaturas no final do século, todos os países terão de reduzir emissões muito para além das promessas atuais, cortando 42% das emissões até 2030 se quiserem não ultrapassar os 1,5°C, uma meta assumida em 2015 no Acordo de Paris sobre redução de emissões, indica um relatório da ONU.
A COP28 decorre entre 30 de novembro e 12 de dezembro no Dubai, com a ambição de fazer o primeiro balanço global do Acordo de Paris.
LUSA/HN
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