A vereadora com o pelouro da Saúde, Ana Valentim, explicou na última reunião de Câmara, na terça-feira, que os 22 médicos vão preencher 168 horas nos centros de saúde de Leiria, dando assim resposta aos utentes que não têm médico de família.
Segundo a autarca socialista, a distribuição dos médicos será agora feita em articulação com o Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) do Pinhal Litoral, tendo como prioridades as unidades de saúde que se encontram encerradas por falta de clínicos.
À agência Lusa, Ana Valentim precisou que foram contratados médicos do setor privado, aposentados ou sem vínculo com a ARS Centro.
“Estamos em condições de iniciar a 01 de dezembro. Vamos dar prioridade aos centros de saúde que estão encerrados, nomeadamente Bidoeira, Santa Catarina da Serra, Milagres e Regueira de Pontes”, acrescentou.
A disponibilidade dos médicos será também tida em conta, assim como a sua localização.
“Pretendemos que os médicos que sejam residentes em algumas freguesias fiquem lá afetos. Temos total flexibilidade nesse sentido. Alguns profissionais de saúde estão disponíveis, por exemplo, para [trabalhar] ao sábado”, revelou.
Essa disponibilidade fará com que seja possível abrir algumas unidades de saúde ao sábado, o que “poderá ser uma resposta muito importante”.
“Temos esperança de que a partir de 2024, ao arrancarmos com o projeto, mais médicos também adiram ao ‘Leiria Saúde’ e que possamos colmatar as necessidades, sobretudo dos centros de saúde que se encontram encerrados por falta de médicos”, reforçou.
O projeto possui um financiamento partilhado, entre a Administração Central do Sistema de Saúde e a Santa Casa da Misericórdia de Leiria, cabendo ao Município atribuir cerca de 21.500 euros a esta última entidade, valor para os primeiros dois meses.
Ana Valentim disse ainda à Lusa que o concelho de Leiria tem cerca de 44 mil utentes sem médico de família atribuído.
LUSA/HN
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