Para um crescimento e desenvolvimento adequados, o organismo necessita de micronutrientes para produzir enzimas, hormonas e outras substâncias essenciais, segundo a OMS.
A organização salientou que a ingestão inadequada de vitaminas e minerais, bem como as carências de iodo, vitamina A e ferro, representam uma grande ameaça para a saúde e o desenvolvimento das populações de todo o mundo, em especial das crianças e das mulheres grávidas dos países com baixos rendimentos.
Neste sentido, a OMS identifica quatro tipos principais de subnutrição: emaciação (baixo peso para a altura); atraso de crescimento (baixa altura para a idade); peso insuficiente (baixo peso para a idade); e deficiências de vitaminas e minerais.
Devido à subnutrição, as crianças, em particular, são muito mais vulneráveis à doença e à morte, de acordo com a OMS.
Os dados da organização revelam também que 52 milhões de crianças com menos de cinco anos são emaciadas; 17 milhões são gravemente emaciadas; 155 milhões são raquíticas; e 41 milhões têm excesso de peso ou são obesas.
O excesso de peso, a obesidade e as doenças não transmissíveis relacionadas com a alimentação, como as doenças cardíacas, a diabetes e alguns cancros, são outras condições relacionadas com deficiências, excessos e desequilíbrios na ingestão de calorias e nutrientes. Dentro deste grupo, destaca-se também a subnutrição ligada a excessos ou deficiências de micronutrientes.
O excesso de peso e a obesidade podem resultar de um desequilíbrio entre as calorias consumidas (demasiadas) e as calorias gastas (insuficientes), enquanto as doenças não transmissíveis relacionadas com a alimentação incluem as doenças cardiovasculares (como os ataques cardíacos e os acidentes vasculares cerebrais, frequentemente associados à hipertensão arterial), alguns cancros e a diabetes.
A OMS declara que tem como objetivo eliminar todas as formas de subnutrição a nível mundial e garantir que todas as populações tenham saúde e bem-estar.
No âmbito da estratégia de nutrição 2016-2025, a OMS trabalha com os Estados-Membros e os parceiros para alcançar o acesso universal a intervenções nutricionais eficazes e a regimes alimentares saudáveis, com sistemas alimentares sustentáveis e resilientes.
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), cerca de 45 milhões de crianças correm o risco “iminente” de sofrer doenças, desnutrição ou deslocação na África Oriental e Austral devido à crise humanitária resultante das alterações climáticas.
Entre janeiro e setembro de 2023, mais 24% de crianças foram tratadas por desnutrição aguda grave do que no mesmo período de 2022, segundo a Unicef.
LUSA/HN
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