Após vários encontros com responsáveis da tutela, a autarquia aprovou, por unanimidade, a aceitação de competências na área da saúde, com efeitos a partir do dia 01 de março, afirma o município, numa nota de imprensa enviada à agência Lusa.
Segundo a proposta aprovada, passa a estar acautelada a resposta a situações de emergência de doença aguda, todos os dias úteis, das 09:00 às 18:00 nas unidades de Saúde Familiar (USF), e das 18:00 às 22:00 no Centro de Saúde, que assegura também o atendimento aos fins de semana e feriados, das 10:00 às 20:00.
O acordo prevê o reforço da atividade da consulta externa e meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT) no Hospital Arcebispo João Crisóstomo (HAJC), a criação de clínica ambulatória para doentes crónicos complexos, modelo inovador de prestação de cuidados integrados dedicado a doentes com multimorbilidade, maximizando assim o espaço do Hospital de Dia, entre as 09:00 e as 16:00 e ainda a descentralização de consultas e outros recursos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) para o hospital de Cantanhede.
Será reforçada a atividade da cirurgia de ambulatório com a descentralização da cirurgia geral, ortopedia e urologia, do CHUC para o hospital de Cantanhede (HAJC) e serão reativadas sete camas de internamento de medicina interna neste estabelecimento.
“Valeu a pena lutar, valeu a pena resistir e recusar as propostas que o Governo foi apresentando sem que se vislumbrasse em nenhuma delas a possibilidade de se inverter uma situação que tem vindo a penalizar os munícipes de Cantanhede quanto à prestação de cuidados de saúde”, frisa a presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio, citada na mesma nota.
A Câmara dá ainda nota de que o presidente do CHUC, Alexandre Loureço, anunciou na Assembleia Municipal de Cantanhede, em 15 de dezembro, um investimento de 13 milhões de euros nas duas unidades hospitalares do concelho – três milhões de euros para o HAJC e 10 milhões de euros para o Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais (CMRRC-RP), na vila da Tocha.
Congratulando-se com estes investimentos, a autarca acrescenta que no essencial a proposta satisfaz as pretensões da autarquia relativamente à prestação de cuidados de saúde.
“Não é exatamente aquilo que temos reivindicado desde que, em 2020, fechou a consulta aberta no Hospital Arcebispo João Crisóstomo, pois, a nosso ver, o ideal seria a abertura de uma urgência básica em funcionamento das 08:00 às 24:00, mas ainda assim aceitamos subscrever a transferência de competências, porque agora se perspetiva uma valorização efetiva das respostas dos serviços de saúde a vários níveis”, conclui a autarca.
LUSA/HN
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