“Atendendo à aceleração da transmissão de vírus respiratórios sazonais com agravamento dos indicadores epidemiológicos, prevê-se maior demanda de cuidados de saúde no Serviço de Urgência (SU), associados a incremento de hospitalizações na próxima semana”, justificou a administração da ULSVDL, liderada por Nuno Duarte.
Tendo este “período crucial” em conta, continuou, “urge reforçar as medidas de saúde pública e manter o cumprimento escrupuloso das precauções básicas de controlo de infeção e da etiqueta respiratória”.
“Torna-se também necessário garantir capacidade de internamento adicional, suspendendo atividade cirúrgica eletiva, facilitando assim os internamentos a partir do SU e preservando a capacidade de resposta em urgência/emergência”, referiu.
Neste sentido, a administração anunciou a ativação do Plano de Contingência determina a “utilização obrigatória de máscara de procedimentos por parte de todos os profissionais em todos os contextos de prestação de cuidados”.
“A utilização de respirador P2 por parte de profissionais de saúde em procedimentos geradores de aerossóis; utilização de máscara de procedimentos por todos os visitantes e utilização de máscara de procedimentos por todos os doentes internados, ou em ambiente de SU”, determinou.
No que diz respeito à capacitação do internamento, o plano refere o “aumento da capacitação em ADR-Internamento, alocando os setores C e D de Medicina Interna a doentes com Gripe e o Setor B para doentes Covid, com flexibilidade de camas”.
“Ocupação das camas disponíveis em especialidade médicas para internamento de doentes não-respiratórios, após esgotamento das camas de Medicina Interna”, especificou a nota de imprensa.
A ULSVDL alocou ainda da “enfermaria de Cirurgia C (26 camas) e de Ortopedia A (12 camas) para internamento adicional de Medicina Interna e oito camas de Ginecologia para o Serviço de Ortopedia”.
O plano obrigou também “à redução da atividade cirúrgica convencional e de ambulatório, de adultos, a realizar no Bloco Operatório Central, devendo ser programados apenas os doentes para cirurgia eletiva prioritária e muito prioritária e urgência diferida”.
“Os diretores dos serviços cirúrgicos devem articular-se com as direções do BO [Bloco Operatório] e do Serviço de Anestesiologia, no sentido de ajustar os recursos necessários à programação prevista. Manter a plena atividade de cirurgia ambulatória nas UCA [Unidade de Cirurgia de Ambulatório] de Viseu e Tondela”, referiu.
Fonte da administração hospitalar disse ainda à agência Lusa que, “neste mês de janeiro, as escalas estão a funcionar em pleno, sem condicionamentos”.
No que diz respeito ao tempo de espera no SU, a administração adiantou que “é muito variável, porque tem a ver com o pico de afluência ao serviço, ou seja, um doente tanto pode esperar meia hora, como três a quatro, é muito variável”.
LUSA/HN
0 Comments