“Mas, não pensemos que o problema se resolve com uma sobretaxa. O problema resolve-se com os profissionais acabando com as filas de espera, com as urgências fechadas e com as 20 horas de espera nas urgências”, disse aos jornalistas Mariana Mortágua.
A coordenadora do BE deslocou-se hoje ao mercado semanal do Fundão, no distrito de Castelo Branco, numa ação de rua e contacto com a população.
Questionada sobre a posição que a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) vai decidir hoje, se as corporações vão passar a cobrar uma taxa aos hospitais que retenham macas de ambulâncias, uma penalização que pode chegar aos 300 euros por sete horas, Mortágua defendeu que perante este caso concreto “é preciso compensar os bombeiros”.
Contudo, defendeu que não é possível que nos principais hospitais e urgências continuem, muitas vezes, as portas fechadas e longas filas de espera.
“Isto resolve-se com uma coisa apenas: Profissionais, profissionais, profissionais. Médicos enfermeiros e auxiliares”, disse.
A coordenadora do BE acusou o Governo de se contentar a ver profissionais a sair do Serviço Nacional de Saúde (SNS) “descontentes com as suas carreiras, descontentes com as suas condições de trabalho e acusou-os de estarem contra o país e quer obrigá-los a fazer horas extraordinárias impossíveis”.
“O que a maioria absoluta fez com o SNS é a garantia de que não se resolverão esses problemas. É preciso uma viragem, romper com este caminho e trazer novas soluções para o SNS”, defendeu.
Mariana Mortágua disse ainda que a campanha deve ser sobre isso: “Deve ser como é que encontramos novas soluções para os problemas de sempre. Para aumentar os salários e resolver os problemas do SNS”.
Além disso, considerou ainda que não são as politicas da maioria absoluta que resolvem os problemas que a maioria absoluta agravou. É preciso outras politicas, uma viragem nas politicas. E a campanha deve ser sobre isso”, concluiu.
LUSA/HN
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