Embora as mulheres vivam em geral mais tempo do que os homens, a sua qualidade de vida é inferior devido à desigualdade existente ao nível da investigação e nos tratamentos médicos, segundo o estudo, para o qual contribuíram a farmacêutica suíça Ferring Pharmaceuticals e o McKinsey Health Institute (entidade da empresa de consultoria empresarial).
A eliminação da diferença permitiria estimular a economia mundial com 1.000 mil milhões de dólares por ano até 2040, adianta.
O relatório é divulgado quando decorre a 54.ª Conferência anual do Fórum Económico Mundial, que reúne em Davos (Suíça) centenas de líderes empresariais e dezenas de chefes de Estado e de governo.
Segundo o estudo, cada dólar norte-americano investido na saúde da mulher representaria mais três dólares de crescimento, em parte devido ao regresso das doentes ao mercado de trabalho.
Corrigir as desigualdades ligadas à endometriose e à menopausa – que apenas afetam as mulheres e que há muito são consideradas pouco estudadas – poderia significar uma contribuição de 130 mil milhões de dólares (119,8 mil milhões de euros) para o produto interno bruto (PIB) mundial até 2040.
O estudo analisou ainda em que medida os tratamentos e diagnósticos beneficiaram os homens em relação às mulheres, indicando que, por exemplo, os inaladores contra a asma são mais eficazes nos homens do que nas mulheres.
Investigações anteriores mostraram que as mulheres são diagnosticadas mais tarde que os homens em relação a 700 doenças diferentes.
“Investir na saúde das mulheres deve ser uma prioridade para cada país”, defendeu Shyam Bishen, responsável pela questão da saúde do Fórum Económico Mundial, citado pela agência France-Presse.
“Além de melhorar a qualidade de vida das mulheres, garantir o acesso destas às inovações nos cuidados de saúde é um dos melhores investimentos que os países podem fazer nas suas sociedades e economias”, declarou num comunicado.
O Fórum Económico Mundial anunciou o lançamento da Aliança Mundial para a Saúde das Mulheres, que conta até agora com a promessa de um investimento de 55 milhões de dólares (50 milhões de euros).
LUSA/HN
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