Em comunicado, a organização humanitária deplorou que “a capacidade para cirurgias do Hospital Nasser, a maior estrutura de saúde” de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, é agora “praticamente inexistente” e que “os membros do pessoal médico que permaneceram no hospital têm de se remediar com stocks de material médico muito baixos”.
O Ministério da Saúde do enclave palestiniano deu conta de um “corte total da eletricidade” ao centro hospitalar, que levou a que “todos os equipamentos médicos deixaram de funcionar, incluindo as máquinas respiratórias”.
Se a maior parte do pessoal do hospital e dos milhares de pessoas que aí se tinham refugiado nos últimos dias, 300 a 500 pessoas gravemente feridas, que não puderam ser retiradas “devido ao perigo e à falta de ambulâncias”, aí permanecem, indicou a MSF.
“Com a incapacitação dos hospitais Nasser e Europeu, não há virtualmente sistema de saúde em Gaza”, afirmou no comunicado Guillemette Thomas, a coordenadora médica da MSF, para quem “a totalidade do sistema de saúde está fora de serviço” no enclave.
Apenas oito dos 36 hospitais abertos antes da guerra entre o Israel e o Hamas funcionam “parcialmente” em Gaza, ainda segundo a MSF.
Mas no sul, onde a ofensiva israelita decorre agora, designadamente em Khan Younis, “estão saturados ou são inacessíveis”, especificou a organização não-governamental.
LUSA/HN
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