Portugal na retaguarda das patentes tecnológicas contra o cancro em 2002-2021

1 de Fevereiro 2024

Portugal registou 145 patentes tecnológicas contra o cancro entre 2002 e 2021, ocupando a 19.ª posição entre 22 países europeus, divulgou esta quinta-feira a Organização Europeia de Patentes (OEP).

No ‘ranking’ europeu da OEP, Portugal só surge à frente de Hungria (140 patentes), Liechtenstein (80) e Grécia (79).

Na dianteira aparecem, no mesmo período, Alemanha (9.375 patentes), Reino Unido (6.070) e França (5.078).

Nos Países Baixos, que ocupa o 5.º lugar do ‘ranking’, uma só empresa, a Philips, foi responsável por mais de metade das 3.351 patentes registadas.

De acordo com a OEP, que hoje divulgou o estudo “Patentes e Inovação contra o Cancro”, quase metade de todas as patentes a nível mundial foram atribuídas entre 2002 e 2021 aos Estados Unidos, seguindo-se União Europeia (18%) e Japão (9%).

Em 2021, a China conseguiu mesmo superar a União Europeia (UE) em número de patentes, ocupando o segundo lugar do “pódio”.

Juntos, Estados Unidos e China contribuíram com quase 70% para o crescimento do número de patentes registadas entre 2015 e 2021.

Universidades, hospitais e centros de investigação públicos foram responsáveis por 26% das patentes na UE, 35% nos Estados Unidos e 33% na China.

As farmacêuticas e as empresas biotecnológicas estão também entre os principais requerentes de patentes.

Em seis anos, de 2015 a 2021, a inovação na luta contra o cancro aumentou mais de 70%, tendo duplicado o número de patentes em terapia genética e mais do que duplicado o número de patentes em imunoterapia, segundo a OEP, liderada pelo português António Campinos.

O estudo “Patentes e Inovação contra o Cancro” é divulgado em vésperas do Dia Mundial do Cancro, que se assinala no domingo.

Hoje, a OEP lança uma plataforma digital de acesso livre com informação técnica sobre as patentes registadas para capacitar cientistas a criarem novas tecnologias na área oncológica.

De acordo com a OEP, mais de 140 mil invenções contra o cancro foram tornadas públicas desde a década de 1970.

LUSA/HN

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