Tedros Adhanom Ghebreyesus está desde segunda-feira numa visita de três dias, tendo sido recebido ontem por Inácio Lula da Silva, acompanhado pela ministra da Saúde, Nísia Trindade.
De acordo com a presidência brasileira, “sobre uma possível parceria na produção da vacina contra a dengue, tanto do Butantan quanto da Fiocruz”.
“Adhanom afirmou que a OMS pretende dar todo o apoio possível ao Brasil na eliminação de doenças como a tuberculose, a hanseníase, a doença de Chagas e doenças transmitidas de mãe para filho, como o HIV, trabalhando próximo ao governo brasileiro”, lê-se na mesma nota.
De acordo com o último boletim divulgado na semana passada, o Brasil já registou mais de 217 mil casos prováveis de dengue este ano e poderá contabilizar até 4,2 milhões de casos até final de 2024.
No primeiro mês do ano foram já detetados 217.841 casos prováveis, 15 mortes confirmadas e 149 em investigação. O balanço anterior, que contabilizava as três primeiras semanas do ano, indicava que o país registou 12 mortos e 120.874 casos prováveis.
Em 2023, o Brasil registou mais de 1,6 milhões de casos da doença, mais de um quinto de todos os notificados no mundo, e 1.094 mortes, um recorde histórico.
O Governo brasileiro divulgou a lista de cidades que vão receber a vacina contra a dengue. Ao todo, foram incluídas cerca de 500 cidades em 16 estados para a imunização, que num primeiro momento deverá dar prioridade a crianças e adolescentes com idade entre os 10 e os 14 anos por estarem entre o público com maior número de internamentos pela doença.
O país prevê receber até 6,2 milhões de doses de uma vacina japonesa contra a dengue em 2024. Porém, por se tratar de uma vacinação que requer duas doses de vacina, esse valor abrange apenas 3,1 milhões de pessoas e é insuficiente para enfrentar a atual explosão de casos.
LUSA/HN
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