Segundo o médico legista do Hospital Central de Quelimane, Emílio Chipangura, o corpo da vítima apresentava “lesões sugestivas que tenham sido produzidas por objeto contundente e as mesmas podem ter resultado na sua morte”.
Depois da agressão, a vítima terá sido “carbonizada”, disse Emílio Chipangura, citado hoje pela Rádio Moçambique.
O corpo de Celeste Mucunha, da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder), foi encontrado na sexta-feira por volta das 05:00 (03:00 em Lisboa) em Nicoadala, a cerca de 15 quilómetros do centro da capital provincial da Zambézia (Quelimane), disse à Lusa Miguel Caetano, chefe de Relações Públicas do Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique na província.
Segundo o médico legista, o corpo da vítima estava num estado “avançado de carbonização”.
Celeste Mucunha foi vista pela última vez na quarta-feira, no dia em que tomou posse entre os novos membros da assembleia municipal de Quelimane.
Num universo de 65, a autarquia de Quelimane está entre as cinco em que a Frelimo não venceu nas últimas eleições, tendo sido reeleito para o cargo de autarca Manuel de Araújo, da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal força de oposição.
Como Maputo, a capital moçambicana, Quelimane foi uma das autarquias que registou um forte movimento de contestação dos resultados das eleições de 11 outubro após o anúncio dos primeiros números pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), que davam vitória à Frelimo.
A Frelimo venceu em 60 das 65 autarquias do país, tendo a Renamo ganhado em quatro, metade das oito que venceu em 2018, e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) manteve a cidade da Beira, que governa desde 2003.
Os resultados do escrutínio de outubro foram fortemente contestados pela oposição e pela sociedade civil.
LUSA/HN
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