“Atualmente o nosso país regista um surto de conjuntivite hemorrágica na província de Nampula, nos distritos de Nacala Porto, Angoche e cidade de Nampula”, disse o diretor nacional de Saúde Pública, Quinhas Fernandes, durante uma conferência de imprensa em Maputo.
A cidade de Nampula, capital provincial, regista o maior número de casos, com um cumulativo de 501, seguido de Angoche, com 485, e por fim Nacala Porto, com 340 casos notificados entre 10 e 24 de fevereiro.
Segundo o diretor de Saúde Pública, regista-se uma média de 80 a 100 casos de conjuntivite por dia em Nampula, uma doença que afeta maioritariamente pessoas com mais de 15 anos, com um total de 788 (59,4%) casos notificados, seguido por crianças e adolescentes entre 5 e 14 anos.
“A maior parte dos casos foram registados no sexo masculino com 685 casos, correspondendo a 51,7%” do total acumulado, referiu Quinhas Fernandes, acrescentando que “não houve qualquer óbito ou internamento” relacionado com o surto.
As autoridades de saúde moçambicanas apelam à observação de medidas de prevenção da conjuntivite hemorrágica, alertando para o alto nível de contágio da doença.
Segundo o Misau, a conjuntivite hemorrágica, geralmente causada por um vírus, é uma doença caracterizada por inchaço repentino das pálpebras, congestão, vermelhidão e dor nos olhos, podendo ser transmitida através do contacto com objetos e pessoas infetadas.
Na mesma conferência de imprensa, o Ministério da Saúde moçambicano anunciou que o país não regista novos casos de poliomielite há mais de um ano e meio, estando previstas duas novas campanhas de vacinação contra a doença.
A poliomielite é uma doença infecciosa sem cura que afeta sobretudo as crianças com menos de 5 anos e que só pode ser prevenida com a vacina.
Nalguns casos, pode provocar paralisia de membros.
LUSA/HN
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