Associação de Hospitalização Privada e Fesaht acordam aumentos de 115 euros

6 de Março 2024

A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) e a Fesaht assinaram esta terça-feira um acordo para aumentos de 115 euros para 9.100 pessoas de várias categorias profissionais, atualizando os valores em vigor desde 2022.

“Num universo de 9.100 pessoas haverá um aumento de 115 euros que será transversal a todos os níveis de todas as categorias profissionais”, refere a APHP em comunicado hoje divulgado, onde acrescenta que o subsídio de refeição se passa a cifrar em 6,10 euros por dia de trabalho.

O acordo assinado com a Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht) abrange diferentes categorias profissionais, incluindo auxiliares de ação médica, serviços gerais, serviços administrativos, técnicos de saúde, serviços técnicos e de manutenção e cozinha e restauração.

Este acordo atualiza os valores que se encontravam em vigor desde 2022 e, de acordo com o presidente da APHP, Óscar Gaspar, é “a garantia que os hospitais privados continuam a investir e trabalhar para proporcionar de forma sustentada melhores cuidados de saúde”.

O dirigente da APHP acrescentou que este acordo se traduz num aumento entre 10,5% e 16% nas remunerações de um “grupo considerável de pessoas”.

“O acordo agora alcançado com a Fesahté uma boa notícia para os trabalhadores de muitas áreas de atividade dentro dos hospitais privados”, sublinhou Óscar Gaspar.

No documento, a APHP considerou que a assinatura do acordo “traduz o reconhecimento de que a negociação coletiva é um relevante instrumento de trabalho entre os hospitais privados e os seus colaboradores e um importante ponto de encontro”.

Em declarações à Lusa, Francisco Figueiredo, dirigente da federação, disse que este acordo, ainda que assinado entre a APHP e os 9.100 associados da Fesaht, abrange todo o setor.

Ainda assim, a intenção “dos sindicatos é continuar a fazer esforços no sentido de melhorar os salários”, disse o dirigente sindical, apontando “salários muito baixos” na hospitalização privada, sobretudo tendo em conta os praticados no setor público.

“Portanto, vamos iniciar um novo processo de negociação da revisão do contrato coletivo de trabalho e esperamos que haja abertura para uma melhoria das condições de vida e de trabalho desses trabalhadores”, referiu, indicado que o que foi acordado é que estas negociações comecem dentro de alguns meses.

LUSA/HN

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